Veja o que fazer com os seus investimentos em seguida a Selic subir para 14,25% ao ano
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Na contramão, a indicação da maioria dos estrategistas é esperar para aumentar as aplicações em ações do Brasil e dos Estados Unidos. Apesar da bolsa brasileira estar descontada e vivendo dias de calma, para a surpresa de vários participantes do mercado, a renda fixa compensa mais atualmente para investir para os próximos anos. Já as ações americanas estão decepcionando, também para a surpresa de muitos, e o juízo é priorizar a renda fixa no exterior.
Nesta quarta-feira, o Copom anteviu um progresso de magnitude menor em maio. Apesar de o aumento de juros estar a pleno vapor ainda, para o Banco Medial controlar a inflação no Brasil, alguns economistas passaram a prever que a Selic começará a desabar no término de 2025. Na estudo deles, a economia mais fraca e o dólar mais comportado farão a inflação perder força, o que levará os juros a diminuírem.
Desde o início do ano, os economistas têm sido surpreendidos com dados econômicos mais fracos do que o previsto. Ainda, o envolvente internacional está muito mais instável com a guerra mercantil que começou com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, o que aumenta a oscilação nos preços dos investimentos.
Simultaneamente, a inflação no Brasil continua maior que a meta. Por isso, a maioria dos economistas acha que a subida de juros seguirá no segundo trimestre e terminará perto de 15% ao ano. Nesse cenário pleno de incertezas, mas com a previsão da Selic seguir tão subida, o juízo para os investidores é surfar na segurança e nos juros altos das aplicações financeiras de renda fixa, mormente as que acompanham o CDI (que anda colado na Selic) e a própria Selic.
São alternativas boas os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) que oferecem perto de 100% do CDI, os papéis do Tesouro Direto indexados à Selic (Tesouro Selic) e os fundos DI (que compram esses papéis de risco inferior) com taxa zero. Ou, ainda, há as Letras de Crédito Agrícola e Imobiliário (LCAs e LCIs), isentas de Imposto de Renda, que acabam dando maiores retornos
Mesmo que os juros comecem a desabar neste ano, a expectativa é que eles sigam no nível de dois dígitos por um bom período. Nesse contexto, é difícil, embora não impossível, outros investimentos darem retornos maiores que o renda capital neste ano e eventualmente nos próximos.
“Vamos ter renda cume por bastante tempo e sugerimos que a parcela de investimentos que acompanham os juros seja maior do que historicamente é. Essas aplicações são de baixa volatilidade e confiamos que elas baterão a inflação, com os juros perto de 15% ao ano”, afirma Luciano Telo, executivo-chefe de investimentos (CIO) para o Brasil no UBS Global Wealth Management.
Ele aconselha aumentar a fatia desses papéis de 20% para 30% na carteira de um investidor moderado. Esses títulos normalmente são indicados para investir a suplente de emergência, um moeda para resgatar nas surpresas da vida, porque o investidor consegue retirar o recurso em qualquer momento com lucro, mas geralmente recebe uma remuneração menor. Mas, atualmente eles pagam tanto que são sugeridos para realizar objetivos diversos.
“Os títulos pós-fixados não são somente para investir a suplente de emergência atualmente. A relação entre o risco e o retorno desses papéis é boa. O renda real [que desconta a inflação] é de 9%, o que é uma remuneração muito interessante”, diz Telo.
Tesouro IPCA+ também entre os preferidos
Pensando em aplicações de quatro anos ou mais, os papéis do Tesouro Direto que acompanham a inflação (Tesouro IPCA+) estão entre os investimentos mais recomendados. Eles estão pagando inflação mais perto de 8% ao ano, o que são juros raros de se encontrar. É muito provável que eles rendam menos que o Tesouro Selic em 2025, mas rendam mais no longo prazo. E eles têm a vantagem de proteger o investidor contra a inflação.
“Recomendamos que a parcela de investimentos que acompanham a inflação também seja maior do que historicamente é. Geralmente indicamos que ela seja de 20% e neste momentos estamos aconselhando 25% para um investidor moderado”, afirma o executivo do UBS. “Momentos de altas de juros são ruins para esses títulos, que perdem para os juros básicos. Mas nos últimos 20 anos, os investidores desses papéis ganharam do CDI. E inflação mais uma taxa de 8% é uma remuneração muito atrativa”, diz.
Mas, com o mercado tão volátil, o Tesouro IPCA+ deve oscilar muito neste ano. Só não terá prejuízo o investidor que esperar alguns anos ou a data de vencimento para resgatar o seu investimento.
Já os papéis prefixados não são recomendados pela maioria especialistas atualmente, apesar de estarem oferecendo taxas de mais de 14% ao ano. Esse renda não é tão proeminente assim ao considerar o risco da inflação estugar. O investidor se prenderia em um título que pode remunerar menos que a inflação.
Ainda, desvelo com papéis emitidos por companhias e bancos desconhecidos pagando muito muito. A vida financeira dos bancos e das companhias de menor porte piorou com os juros aumentando e o risco deles darem calote nos investidores está maior. Mesmo com LCIs, LCAs e CDBs sendo cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250 milénio por banco, é bom saber que o moeda não cai na conta instantaneamente.
O risco é maior ainda nos papéis de renda fixa emitidos pelas companhias (chamados de crédito privado), uma vez que os Certificados de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas (CRIs e CRAs) e as debêntures, que ficam fora do FGC. Se quiser investir em crédito privado para ter uma remuneração um pouco maior que o CDI, faça isso por meio de fundos de gestores renomados do tipo “high grade”, que compram ativos de companhias de melhor qualidade.
Desvelo com a calma na bolsa
A expectativa é que a bolsa brasileira dificilmente performe melhor do que o renda capital neste ano, apesar de estar ensaiando uma recuperação. Ao contrário do que era esperado, o fluxo de investidores está vindo para os mercados emergentes com a bolsa americana decepcionando, em meio às ações do governo Trump em torno das tarifas comerciais e, também, às tensões geopolíticas.
Mas, o fluxo pode não ser suficiente para fazer a bolsa caminhar por muito tempo. As companhias locais podem tolerar com os juros altos e a desaceleração da economia, que tendem a reduzir os lucros.
Telo, do UBS, sugere investir somente 5% da carteira em ações brasileiras neste momento, quando normalmente a sua recomendação é de 12,5%. “Aconselhamos uma alocação menor neste momento porque o renda cume atrapalha a bolsa. Com o investidor lugar com a opção de investir em aplicações com juros de 15%, é preciso muito lucro na bolsa para ela ser melhor que a renda fixa”, afirma.
Marcel Andrade, responsável pela extensão de soluções de investimentos da SulAmérica Investimentos, vai na mesma risco. Ele desaconselha comprar bolsa brasileira neste momento, porque vê um custo-benefício melhor na renda fixa.
“Vemos uma rotação dos investidores deixando a bolsa americana e indo para mais bolsas do mundo uma vez que um todo, incluindo a brasileira. Mas o risco de investir na bolsa agora é muito maior do que o favor. Com os juros tão altos, os balanços das companhias podem ser afetados e a desaceleração da economia no segundo semestre vai prejudicar os ganhos das empresas”, afirma.
Desvelo com bolsa americana
Ele também não recomenda investir em bolsa americana agora. Com o envolvente econômico incerto com as tarifas de Trump, secção do mercado está com susto que isso afete o propagação econômico e gere uma recessão. Nesse envolvente, os investidores procuram por segurança, ou seja, pela renda fixa.
“Não aconselhamos se desfazer dos investimentos em bolsa americana, que devem ser feitos focando em pelo menos cinco anos. Mas para quem não tem bolsa americana na carteira, o juízo é esperar. Há prêmios de risco mais atrativos em classes uma vez que a renda fixa estrangeira ou brasileira”, diz.
Variar no exterior é uma forma de preservar um pouco o patrimônio sem os riscos de investir no Brasil, e ainda lucrar nos momentos de valorização do dólar. Mas, leste momento mostra que também tem riscos.
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