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Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?

Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?

Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?

Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?

A Selic entrou em trajetória de subida em setembro do ano pretérito. Desde logo, a taxa básica de juros saiu de 10,25% ao ano para 14,25% ao ano. E, uma vez que muito se sabe, quando a Selic avança, os empréstimos e financiamentos tendem a permanecer mais caros. Ao estimar oito das principais linhas de crédito pessoal, é provável ver que algumas encareceram muito mais que as outras e, segundo especialistas, uma delas deve subir até mais. Em contrapartida, uma das oito modalidades de crédito analisadas barateou. E a boa notícia é que trata-se de uma das mais caras do mercado.

Um levantamento feito pelo Valor Data com dados do Banco Mediano mostrou que as taxas praticadas no crédito pessoal não consignado saíram de 67,75% ao ano em outubro de 2024, quando a Selic estava em 10,75%, para 78,87% em janeiro de 2025, com a Selic a 13,25% (dados mais recentes do BC).

Segundo Henrique Castro, pesquisador da escola de economia de São Paulo da Instauração Getulio Vargas (FGV), esse aumento mais significativo aconteceu justamente pelo caráter menos “seguro” dessa risca de empréstimo. Enfim, trata-se de uma modalidade sem muitas garantias para os bancos, dissemelhante de linhas uma vez que os empréstimos consignados, que têm o próprio salário uma vez que segurança.

E, de concórdia com o perito, essa risca pode encarecer ainda mais por conta do lançamento do novo consignado privado por secção do governo. Isso porque os trabalhadores formais que acessavam essa risca poderão transmigrar para a novidade modalidade de consignado.

Para quem não sabe, a novidade risca de crédito consignado privado foi reformulada justamente para facilitar o chegada de trabalhadores do setor privado ao empréstimo consignado. Dissemelhante do protótipo anterior, que exigia convênios entre bancos e empresas, a novidade versão elimina essa exigência, permitindo que qualquer empregado com carteira assinada — incluindo trabalhadores de pequenas empresas, empregados domésticos e trabalhadores rurais — possa contratar o crédito diretamente pela Carteira de Trabalho Do dedo.

“Com o lançamento desse novo consignado, a expectativa é que as pessoas não precisem mais recorrer a esse crédito não consignado, desde que estejam empregadas com registro formal. Logo, quem vai tomar empréstimo pelo crédito pessoal não consignado são as pessoas que estão no mercado informal. E aí ele pode encarecer bastante, porque ele passará a ter uma vez que cliente esse perfil de trabalhador sem renda fixa, sem dados para ver qual o risco de quem paga e quem não paga, etc”, afirma Castro.

Além do crédito pessoal não consignado, outras seis linhas avaliadas também tiveram subida nas taxas, mas de forma mais moderada. Na mesma verificação temporal, os juros do cheque próprio, uma das linhas mais caras, saíram de 145,87% para 147,10%. Já os juros do consignado do setor privado saíram de 36,79% para 41,01%; os do consignado do setor público saiu de 22,13% para 24,16%; os do consignado do INSS saíram de 21,56% para 23,73%. Os juros para a compra de veículos saíram de 23% para 24,31%, já os juros para compra de outros bens subiram mais: de 32,92% para 36,71%.

Mas teve uma risca que barateou

Em contrapartida, uma das linhas de crédito mais caras barateou. O parcelado do cartão de crédito tinha juros médios de 178,8% em outubro do ano pretérito e agora a taxa média é de 175,7%. Castro destaca, no entanto, que as taxas praticadas pelos bancos oscilam muito. “Existem instituições com juros de 34% e instituições com juros de 700%. Esses 175% são uma média e, ainda assim, trata-se de juros muito altos”, afirma.

Segundo o professor, a queda recente pode ser explicada por diferentes fatores, uma vez que o aumento da competitividade entre bancos e fintechs e também as medidas que o governo tem implementado para baratear o cartão de crédito. Para quem não se lembra, no primícias do ano pretérito entraram em vigor as novas regras do rotativo, que limitavam que os juros cobrados no rotativo e nos parcelamentos não poderiam ultrapassar 100% do valor da dívida original.

Castro destaca, no entanto, que independente do quanto as taxas oscilaram com a Selic, tanto o cartão de crédito uma vez que o cheque próprio exigem atenção por secção do consumidor. Isso porque são linhas mais acessíveis e com menos garantias.

“Quem usa essas linhas teve qualquer problema de gerenciamento financeiro do seu caixa e o banco sabe que está emprestando para uma pessoa que já está com qualquer tipo de problema financeiro, logo o risco de crédito é maior e faz com que as taxas sejam tão mais caras”, afirma.

Por isso, a orientação é sempre tentar conseguir uma risca com garantias e, portanto, mais barata.

gettyimages-1344131028 Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?
Selic — Foto: Getty Images

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