Inflação tem 70% de chance de permanecer supra da meta neste ano, diz BC; veja outras previsões

Para quem não sabe, a meta de inflação perseguida pelo Banco Medial neste ano é de 3%, com limite de 1,5 ponto percentual para cima ou para ordinário. Portanto, o teto considerado tolerável é de 4,5%. Mas, ao que tudo indica, a inflação vai superar essa marca. Ainda segundo o relatório, a chance de o IPCA furar o teto da meta em 2026 é de 28%.

Segundo o relatório, o Banco Medial projeta uma inflação de 0,63% para março, de 0,42% para abril, de 0,26% para maio e de 0,27% para junho. No amontoado de 12 meses até junho, a previsão é de 5,45%.

Mas nem tudo está perdido. Ainda de negócio com o Banco Medial, a inflação coneça a tombar a partir do quarto trimestre. No entanto, ela permanecerá supra da meta.

“No cenário de referência, o IPCA fica em 3,1% até o terceiro trimestre de 2027”, aponta o Banco Medial.

O que são as tais “expectativas desancoradas”?

De negócio com o documento do BC, a inflação, que já estava em um patamar proeminente, voltou a subir e a “desancoragem das expectativas aumentou”. Para quem não sabe, as “expectativas desancoradas” são as projeções da inflação distantes da meta perseguida pela poder monetária no chamado “horizonte relevante” da política monetária. Neste caso, 2025 em diante.

Essas expectativas importam por terem claro poder de autorrealização. Ao esperarem inflação mais subida lá na frente, produtores acabam remarcando preços para cima para se proteger da subida de custos. Já consumidores antecipam intenções de compra.

E, na prática, essa inflação esperada mais subida pode concluir se materializando. Nesse cenário, se o BC afrouxa a política de juros, corre o risco de passar a sentimento de inflação ainda mais descontrolada no horizonte.

Previsões para o PIB e mercado de trabalho

O Banco Medial ainda revisou sua projeção para o PIB deste ano, que saiu de 2,1% para 1,9%. “Em termos de trajetória do PIB ao longo do ano, projeta-se desenvolvimento mais significativo no primeiro trimestre”, afirmou a poder monetária.

O BC também voltou a falar sobre o aquecimento do mercado de trabalho. Mas, assim uma vez que na ata do Copom, a poder monetária afirmou que ele tem mostrado qualquer esfriamento nos últimos meses.

É importante evidenciar que um mercado de trabalho mais aqeucido tem seu óbvio lado positivo, porque significa que mais pessoas estão empregadas e com renda. No entanto, ele pode se virar em uma preocupação tendo em vista que esse cenário pode trazer mais pressões inflacionárias.

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O BC destacou que a taxa de desocupação permaneceu em um mínimo histórico, mas com “provável inflexão do nível ocupação” e que a “geração de empregos com carteira assinada desacelerou, mas ainda está em patamar proeminente”.