Tesouro Direto: títulos têm dia de volatilidade com tarifas de Trump e Focus no radar
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No meio da manhã a informação de que Trump estudava pausar as tarifas impostas aos parceiros comerciais chegou a suavizar os movimentos dos mercados, mas em seguida a notícia foi descartada pela Morada Branca.
Diante do tarifaço de Trump, o tom de que a inflação seria transitória foi menosprezado, sendo substituído por uma perspectiva de maior persistência do choque inflacionário. Sendo assim, os juros americanos tornaria a renda fixa da maior das economias mais atrativa.
O mercado já incorporou a verosimilhança de uma estagflação nos Estados Unidos, e os ativos desabaram, mesmo diante da perspectiva de que o Fed irá reduzir os juros de forma mais agressiva.
Apesar do cenário caótico de tecido de fundo, os ajustes vencem hoje, depois a disparada da última semana.
No fechamento dos negócios, os juros dos papéis atrelados à inflação de pequeno prazo, com vencimento em 2029, caía de 7,70% da última sessão para 7,67% hoje. O papel de longo prazo da mesma modalidade, com vencimento em 2050, avançam de 7,07% para 7,13%. Os papéis mais longos oferecem mais riscos, por isso o investidor precisa de cautela na hora de optar por eles. Apesar dos alertas dos economistas, os títulos atrelados à inflação são os preferidos para proteger a carteira contra o aumento dos preços.
Entre os prefixados, mais quedas. O título mais pequeno, para 2028, voltou ao patamar dos 13%, saindo dos 14,13% da sessão anterior. O valor, portanto, está aquém da atual taxa básica de juros, em 14,25% ao ano. Contratar o investimento nesse cenário não é a recomendação dos analistas de renda fixa.
Vale lembrar que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa expressar que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.
Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a emprego até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Desempenho do Tesouro Direto nesta segunda-feira (7)
| Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço Unitário | Vencimento |
| Tesouro Prefixado 2028 | 13,95% | R$ 7,00 | R$ 700,82 | 01/01/2028 |
| Tesouro Prefixado 2032 | 14,58% | R$ 4,02 | R$ 402,06 | 01/01/2032 |
| Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 14,79% | R$ 7,95 | R$ 795,85 | 01/01/2035 |
| Tesouro Selic 2028 | SELIC + 0,0590% | R$ 163,17 | R$ 16.317,16 | 01/03/2028 |
| Tesouro Selic 2031 | SELIC + 0,1150% | R$ 162,35 | R$ 16.235,32 | 01/03/2031 |
| Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 7,67% | R$ 33,17 | R$ 3.317,91 | 15/05/2029 |
| Tesouro IPCA+ 2040 | IPCA + 7,28% | R$ 15,32 | R$ 1.532,47 | 15/08/2040 |
| Tesouro IPCA+ 2050 | IPCA + 7,13% | R$ 7,90 | R$ 790,12 | 15/08/2050 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 7,46% | R$ 41,53 | R$ 4.153,90 | 15/05/2035 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045 | IPCA + 7,37% | R$ 39,80 | R$ 3.980,54 | 15/05/2045 |
| Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2060 | IPCA + 7,27% | R$ 38,33 | R$ 3.833,80 | 15/08/2060 |
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