Brinde mais dispendioso: preços da cerveja sobem 1% no 1º trimestre

No segmento de cervejas premium, a Heineken foi quem apresentou a maior subida dos preços entre dezembro e março, dentre as empresas acompanhadas pelo banco, com um progressão de murado de 5%. Os analistas do BofA pontuam que, no trimestre anterior, a marca havia mantido os preços mais baixos.

Stella Artois e Corona, ambas da Ambev, tiveram aumentos de 1,7% e 1,4%, nesta ordem. Com isso, a Heineken registrou um prêmio de 3% sobre a Stella, diante de um desconto de 3% em novembro; e um desconto de 15% sobre a Corona, versus um desconto de 24% em novembro.

Já na categoria de cervejas populares, a Itaipava liderou as altas, com um incremento de murado de 5%, devido a “custos mais altos”, na avaliação do banco. Os preços da Brahma ficaram estáveis no período, enquanto os da Skol se mantiveram em bares e restaurantes avançaram em supermercados e atacadistas.

No segmento “core plus” (ou intermediário), os preços da Budweiser subiram 8,4% em bares e restaurantes e 6,6% em supermercados e atacadistas.

“Os custos da cerveja continuaram subindo nos últimos meses, devido ao real mais fraco, ao aumento dos preços do alumínio e à ligeiro subida do milho”, analisa o BofA.

Na avaliação do banco, empresas expostas a custos de mercado à vista terão um aumento de murado 6% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior e de 15% na confrontação anual. No caso da Ambev, a pressão de custos deverá ser menos relevante no primeiro trimestre do que nos subsequentes.

Os analistas notam que a produção de bebidas alcoólicas (não unicamente de cervejas) caiu 4% em janeiro na confrontação anual. No quarto trimestre, a queda já havia sido de 4,7%.

*Estagiária sob supervisão de Rodrigo Rocha

Teor originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico