Agenda da semana: Decisão do BCE, dados dos EUA e falas de Galípolo são destaque

Nas últimas semanas, diversos dirigentes do BCE vieram a público e mostraram sinais conflitantes. Segmento advogou por uma novidade redução nos juros, enquanto outros se mostraram favoráveis a uma pausa no ciclo de flexibilização monetária diante da maior incerteza econômica.

Dados de atividade econômica nos Estados Unidos também devem ser acompanhados, sobretudo as vendas no varejo referentes a março, uma vez que os dados de crédito e de sentimento do consumidor têm renovado mínimas nas últimas semanas, o que pode indicar um consumo mais fraco. Aliás, a participação do presidente do Federalista Reserve (Fed), Jerome Powell, em evento na quarta-feira também deve atrair as atenções dos investidores.

Na China, os dados de atividade de março e o Resultado Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano devem ser acompanhados e podem ter revérbero no comportamento dos preços das commodities, que, recentemente, foram penalizados diante da piora nas perspectivas de desenvolvimento com o início da guerra mercantil.

O presidente do Banco Meão (BC), Gabriel Galípolo, deve participar, por videoconferência, de reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na {sigla} em inglês) às 8h da próxima segunda-feira.

Os diretores de Política Econômica, Diogo Guillen; de Política Monetária, Nilton David, e de Organização do Sistema Financeiro e de Solução, Renato Gomes, participam de mais duas rodadas das reuniões trimestrais com economistas. A primeira será das 9h30 às 11h e a segunda, das 11h às 12h30.

Guillen ainda tem reunião com economistas da Kínitro Capital às 14h30 e da Adam Capital às 15h30. Já David se encontra com representantes da Mitsubishi Corporation do Brasil às 14h30.

O diretor Renato Gomes tem audiência com representantes do Nubank às 16h. O CFO, Guilherme do Lago; o diretor de políticas públicas, Eduardo Lopes; o tax senior diretor, Carlos Scharfstein, e a diretora global de corporate affairs, Beatriz Outeiro, participam.

Depois, Gomes e o diretor de Regulação, Gilneu Vivan, se reúnem às 17h com representantes da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Herdade e com o presidente da Percentagem de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Promanação.

Pelo lado da Herdade devem participar o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto; o subsecretário de reformas microeconômicas e regulação financeiras, Vinícius Brandi; a diretora de programa, Maria Clara Troncoso; o coordenador-geral de reformas microeconômicas e mercado de capitais, Fernando Rieche, e o coordenador-geral de regulação do sistema financeiro, Emmanuel Sousa de Abreu.

Antes disso, Gilneu ainda se reúne com representantes da Secretária-Universal da Presidência da República, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Lavoura Familiar, da Contraf Brasil e da Federação da Lavoura e Pecuária de Sergipe às 10h. Depois, às 11h30, se reúne com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalho, Lúcio Capelletto.

O diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino Santos, tem reunião com representantes da Núclea, o diretor-presidente André Daré, a vice-presidente de financeiro, jurídico e RI, Joyce Saika; o vice-presidente de negócios, Rodrigo Furiato, e a diretora de riscos, compliance e controles internos, Keli Reis.

Os demais diretores têm previsão de despachos internos.

Os trabalhos nos Três Poderes também devem ser esvaziados nesta semana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começará a semana em agendas no Estado do Rio de Janeiro, em visitas para seguir obras e reuniões com empresários.

No Congresso, não há previsão de votação de projetos polêmicos nem de potente impacto para o país. A tendência é que os parlamentares fiquem em suas bases eleitorais.

Na Câmara, por conta do feriado da Semana Santa, as sessões plenárias serão virtuais. A tarifa não traz projetos de impacto – a exceção é o PL do Mar, que institui diretrizes, medidas e políticas para preservação do envolvente pelágico.

No Senado, não haverá sessões de plenário. A Percentagem de Segurança Pública pode votar cinco projetos. Uma das propostas previstas pretende tornar obrigatória a presença de um profissional de segurança nas escolas. Outro projeto, de texto parecido, propõe produzir uma guarda escolar e/ou segurança armada nas instituições de ensino da rede pública ou privada. Se aprovados, esses textos ainda devem passar por outras comissões antes de serem votados pela Vivenda.

Em função do feriado da Semana Santa, não há previsão de julgamentos em plenário no Supremo Tribunal Federalista (STF).