Ouro renova máxima histórica e ultrapassa os US$ 3.400

A corrida pelo commodity é movida pela fuga de ativos de risco americanos, notadamente o mercado acionário, a procura por investimentos mais seguros e a desvalorização do dólar.

Os contratos futuros de ouro com vencimento em junho subiram 2,91%, a US$ 3.425,3 por onça-troy, na Comex, a partilha de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

“O ouro está passando por outro rali, à medida que os investidores fogem para o metal, enquanto a demanda por outros ativos tradicionalmente considerados portos seguros, porquê o dólar americano e os títulos do Tesouro, enfraquece”, disse Neils Christensen, da Kitco.

O comentador ainda aponta que o ouro está próximo da máxima histórica ajustada pela inflação, que foi registrada em janeiro de 1981, em US$ 3.448 por onça-troy.

Outra razão pelo rali é a crescente demanda por veículos de investimentos derivados. Na semana passada, os ativos do SPDR Gold Shares em Novidade York, o maior fundo negociado em bolsa lastreado em ouro do mundo, ultrapassaram a marca de US$ 100 bilhões pela primeira vez.

Na semana passada, o Citibank projetou que o preço do metal deve atingir os US$ 3.500 por onça-troy nos próximos três meses “com a demanda por investimento a todo vapor, atingindo o maior nível desde a crise financeira global”.

Na visão do banco, as preocupações com tarifas e o desenvolvimento econômico nos EUA e no mundo devem continuar a se somar “à poderoso demanda por ouro por segmento de bancos centrais e outras instituições (incluindo compras de seguradoras chinesas)”.

Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.