‘Tarifaço’ de Trump é terceiro repto para BC dos EUA, diz Galípolo

Nas últimas semanas, Powell tem sofrido pressão de Trump, que o nomeou em 2017, para reduzir a taxa de juros.

“Powell passa por essas duas crises, por esses dois choques de oferta, o choque da pandemia e da invasão da Ucrânia, e estava conseguindo entregar alguma coisa que é vasqueiro de a gente ver na prática que é uma aterrisagem suave. Estava conseguindo entregar uma inflação convergindo gradativamente para a meta com economia aquecida e pleno trabalho. Agora esse terceiro choque, o tarifário, vem bagunçar um pouquinho o que ele estava fazendo e provavelmente fabricar pressões de um lado inflacionários pela tarifa e pressões do ponto de vista da atividade econômica. O quanto cada uma das coisas vai se sobrepor é alguma coisa que está todo mundo analisando”, pontuou Galípolo.

Sobre o cenário global, Galípolo apontou que até o termo do ano pretérito se imaginava que economias mais ligadas ao Estados Unidos, porquê Vietnã e México, se beneficiariam de uma ininterrupção do incremento maior da economia americana. Com a guerra tarifária, apontou, a situação começou a se inverter na confrontação com o Brasil.

O presidente do BC apontou a diversificação da taxa mercantil brasileira e o indumento de que o mercado doméstico é bastante relevante para a atividade econômica interna. “A teoria não é que fica melhor com a guerra tarifária, mas voltamos àquela teoria da relatividade. Na confrontação com os pares o Brasil pode ser uma economia que sofra menos e por isso se destaque positivamente pela sua diversificação na taxa mercantil, nas relações comerciais e pela relevância do mercado doméstico do ponto de vista do dinamismo”, disse.

Levante teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.