Com bolsa 'financiada' pelo investidor lugar, Genial vê espaço para mudança 'relevante' na dinâmica do mercado
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O Ibovespa sustenta valorização de quase 11% no ano até cá (apesar de no mês de maio reunir queda de pouco mais de 1%). Entre as mais de 80 ações listadas, os setores imobiliário e financeiro puxam o desempenho do mercado lugar. Essa retomada está sendo “financiada” principalmente pelo investidor lugar, com destaque para o institucional, que voltou a comprar ações brasileiras em seguida um longo período fora do mercado, e pela pessoa física. A procura dos ativos, no entanto, tem um perfil muito definido e pode influenciar a dinâmica do mercado, segundo a Genial Investimentos.
Em relatório assinado por Filipe Villegas, estrategista de ações, a Genial Investimentos observa que o foco do investidor lugar tem sido papéis mais agressivos, principalmente aqueles ligados à economia doméstica, que tendem a se beneficiar diretamente de um cenário de queda dos juros. “Esse novo posicionamento pode indicar uma mudança relevante na dinâmica do mercado“, pontua.
Com o giro de mercado amontoado no primeiro trimestre, o Brasil se destacou em desempenho quando comparado aos ativos globais, principalmente em relação às ações dos Estados Unidos. “Esse diferencial se deve, em grande secção, à atratividade dos preços das ações brasileiras, que continuam negociando a múltiplos considerados baixos. Isso tem sustentado a boa performance do mercado lugar”, explica Villegas no relatório.
Por outro lado, o estrategista da Genial comenta que o desempenho dos ativos brasileiros tem se mostrado mais resiliente do que o dos ativos globais, o que vem incentivando também a procura por ações de perfil mais ofensivo.
“Esse comportamento aparentemente contraditório encontra explicação na mudança do perfil do fluxo de capital. Com a saída do investidor estrangeiro e a ingresso mais significativa do investidor institucional, temos visto uma reconfiguração da demanda, que combina cautela com oportunidades pontuais de risco”.
Conforme a corretora, desde a segunda metade de fevereiro houve um aumento consistente na demanda por ações de perfil defensivo, consolidando “essa uma vez que a estratégia dominante entre os investidores. Esse movimento reflete a procura por ativos mais resilientes em meio às incertezas macroeconômicas e à maior volatilidade nos mercados globais”.
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