Cartão de crédito é vilão do endividamento? Veja o que dizem os números da Abecs
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Mas, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa o setor, não é muito assim. Na apresentação do balanço do segmento no primeiro trimestre deste ano, foi mostrado que o rotativo do cartão de crédito representa “unicamente” 2,3% das dívidas dos brasileiros. Por outro lado, a taxa de inadimplência desse resultado zero barato é maior do que a média dos brasileiros.
Os dados da Abecs mostraram que o financiamento imobiliário era 40,9% do saldo da carteira de crédito da pessoa física em março deste ano. Já os empréstimos consignados representavam 23,6%. O empréstimo para compra de veículos era 12,1%, os créditos não-consignados eram 11,2% e outras modalidades de crédito representavam 10%.
Nessa confrontação, os 2,3% de participação do rotativo do cartão parecem pequenos. No entanto, é importante ressaltar que os custos desse tipo de crédito são altos.
Um ponto relevante é a taxa de inadimplência do cartão de crédito comparada à taxa de inadimplência universal da pessoa física. Segundo a apresentação da Abecs, a inadimplência das pessoas ficou em 5,6% em março deste ano, enquanto a do cartão era de 7,5%, com um ligeiro aumento em relação a um ano antes, quando ela era de 7,3%.
Mas, segundo a Abecs, a inadimplência totalidade da carteira das pessoas físicas também apresentou aumento.
A associação também mostrou que o número de transações com cartão em que os clientes pagaram juros vem caindo com o passar dos anos. Atualmente, 23,5% das transações com cartão de crédito tiveram qualquer tipo de juros, seja do rotativo ou do parcelado do cartão. Já 76,5% não tiveram nenhum tipo de juros.
Na apresentação referente a 2023, a Abecs mostrou que 23,8% das compras com cartão de crédito tiveram juros, sejam do rotativo ou do parcelado do cartão. Já as sem juros foram 76,2%.
Há dez anos, em março de 2014, 27,6% das transações tiveram juros e 72,4%, não.
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