Selic subiu: o que acontece com os financiamentos imobiliários?
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A taxa básica de juros da economia, a Selic, subiu mais uma vez, alcançando o patamar de 14,75% ao ano. Com essa elevação, fazer um financiamento fica mais dispendioso, incluindo o financiamento imobiliário. Na prática, porém, são impactados diretamente os contratos com juros atrelados à Selic.
Nos financiamentos imobiliários, existem contratos com taxas fixas e os com taxas atreladas a qualquer índice, porquê Selic, IPCA (a inflação) ou à Taxa Referencial (TR).
No caso dos contratos indexados à Selic, mesmo que levante tipo de negócio tenha sido comemorado antes desta subida, eles são impactados diretamente pela mudança na taxa, explica Jéssica Wiedtheuper, profissional em recta imobiliário e advogada do escritório Mota Kalume Advogados.
No entanto, se o financiamento tem taxa de juros fixa, ainda que ocorra a subida da taxa Selic, eles não serão afetados diretamente. “Nesse caso, somente os novos contratos poderão ser reajustados com base na subida da Selic, impondo novas exigências, porquê menores prazos ou maiores valores de ingressão para financiar”, diz a advogada.
Segundo Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), um ponto importante neste cenário de subida a ser medido é a possibilidade de portabilidade de financiamentos, que permite ao comprador reduzir a taxa ao longo do contrato.
Esse mecanismo, diz ele, faz com que o comprador consiga, em muitos casos, adequar os fluxos de pagamento às necessidades financeiras, o que viabiliza a compra mesmo em cenário de juros altos. “Lembrando que hoje temos contratos de até 420 meses, o que dilui muito o tamanho das parcelas“, pondera.
Quero financiar um imóvel: melhor esperar a Selic subtrair?
De concordância com a advogada, a escolha entre esperar o patamar da Selic voltar para níveis baixos ou firmar contrato agora irá depender do perfil financeiro de cada pessoa.
Caso a pessoa seja mais conservadora e tenha a possibilidade de esperar para comprar um imóvel, pode valer a pena esperar a baixa da taxa de juros no porvir, o que, no entanto, não se pode declarar que irá ocorrer — e nem quando irá ocorrer, descreve Wiedtheuper.
Já para os que têm urgência no pequeno prazo ou possuem a oportunidade na compra de um determinado imóvel, mesmo com a Selic no atual patamar, ainda pode ser vantajosa a contratação de um financiamento, “sobretudo se possuir condições financeiras de ofertar ingressão subida e reduzir o tempo do financiamento”, diz a profissional.
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