Com Selic mais subida, quais empréstimos ficam mais caros?
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Uma das linhas que mais encareceu foi o crédito pessoal não consignado. As taxas médias praticadas para as pessoas físicas saíram de 67,75% ao ano em outubro de 2024, quando a Selic estava em 10,75%, para 80,00% em abril de 2025, com a Selic a 14,25% (dados mais recentes do BC).
O aumento mais brusco se deve ao caráter menos “seguro” dessa risca de empréstimo. Finalmente, trata-se de uma modalidade sem muitas garantias para os bancos, dissemelhante dos consignados, por exemplo, que têm o próprio salário porquê segurança. Portanto, a inadimplência tende a ser subida e, assim, os juros também ficam maiores.
Recentemente, o governo ainda lançou o novo consignado, que facilita o chegada de trabalhadores do setor privado (incluindo trabalhadores rurais, domésticos e de pequenas empresas). Dissemelhante do padrão anterior, que exigia convênios entre bancos e empresas, a novidade versão elimina essa exigência e permite que qualquer empregado com carteira assinada contrate o crédito diretamente pela Carteira de Trabalho Do dedo ou diretamente nos canais dos bancos.
Com o lançamento, a expectativa é que cada vez menos pessoas precisem recorrer ao crédito não consignado, o que pode encarecê-lo ainda mais (e prejudicar quem efetivamente precisa dessa risca, porquê os trabalhadores sem vínculos formais).
Além do crédito pessoal não consignado, outras seis linhas avaliadas também tiveram subida nas taxas, mas de forma mais moderada. Na mesma verificação temporal, os juros do cheque próprio, uma das linhas mais caras, saíram de 145,87% para 147,10%. Já os juros do consignado do setor privado saíram de 36,79% para 40,43%; os do consignado do setor público saiu de 22,13% para 25,05%; os do consignado do INSS saíram de 21,56% para 24,16%. Os juros para a compra de veículos saíram de 23% para 24,75%, já os juros para compra de outros bens subiram mais: de 32,92% para 40,60%.
Por que umas encarecem mais que as outras?
Segundo o professor Alexandre Chaia, pesquisador do Insper, existem pelo menos cinco fatores que explicam o aumento das taxas praticadas pelos bancos. São eles:
- A própria Selic. Segundo o professor, ela tem um peso de um terço a um quarto das taxas, dependendo do tipo de crédito
- Os custos operacionais de cada risca. Finalmente, os custos de oferecer e operar um cartão de crédito são diferentes dos custos de um crédito pessoal contratado na filial, que por sua vez também difere de um empréstimo contratado via app, por exemplo
- A inadimplência esperada. Isso porque, quanto menos pessoas pagam, mais sobranceiro o banco precisa cobrar de todos para “recompensar” essas perdas
- O lucro que o banco visa ter naquele resultado
- Os impostos pagos pela instituição financeira para oferecer aquele serviço. Mas, segundo o professor, esse dispêndio é parecido em todas as linhas
Segundo Chaia, a cada 0,5 ponto percentual de aumento da Selic, as linhas tendem a encarecer 1,5 ponto percentual. Mas é justamente por depender de diferentes fatores além da taxa básica que os juros cobrados pelos bancos podem aumentar mais em uma determinada risca de crédito ou até subir quando a Selic está caindo e vice-versa.
“No termo, o que diferencia o crédito é a inadimplência e os custos operacionais de cada um deles”, afirma.
O professor ainda destaca que muitas vezes o revérbero de um aumento ou de uma queda da Selic no cenário macroeconômico também dita o movimento das taxas.
“Se o Banco Médio aumenta os juros, ele desacelera a economia. E essa desaceleração pode trazer mais desemprego, por exemplo. E com mais desemprego, a inadimplência pode subir”, afirma.
Para ele, o que pode fazer com que as taxas cobradas nos empréstimos caiam é um aumento da competição entre os bancos e a subtracção dos riscos. E isso, segundo Chaia, pode ser oferecido a partir do aumento da circulação de informações, com iniciativas porquê o open banking e a medial de crédito positivo.
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Mas teve uma risca que barateou
Em contrapartida, uma das linhas de crédito mais caras barateou. O parcelado do cartão de crédito tinha juros médios de 178,8% em outubro do ano pretérito e agora a taxa média é de 168,53%.
Uma das explicações para essa queda vem dos esforços do própio governo para baratear o cartão de crédito e evitar que as pessoas entrem em “bolas de neve” de dívidas por meio do instrumento. Para quem não se lembra, no primícias do ano pretérito entraram em vigor as novas regras do rotativo, que limitavam que os juros cobrados no rotativo e nos parcelamentos não poderiam ultrapassar 100% do valor da dívida original.
O professor destaca, no entanto, que ações assim têm um revérbero restringido. Isso porque os próprios bancos podem buscar mecanismos para oferecerem outros tipos de crédito. “Se tem um limite no rotativo e o cliente está nele, a instituição financeira pode ofertar um crédito pessoal com juros maiores para o cliente remunerar aquele rotativo, por exemplo”, diz.
Para ele, um dos pontos que explica a queda (ainda que pequena) dos juros do cartão é o aumento da competição, tanto com a chegada de novos bancos e fintechs porquê do próprio cartão de crédito com outras linhas de empréstimo.
Seja porquê for, independente do quanto as taxas oscilaram com a Selic, a orientação é sempre tentar conseguir uma risca com garantias e, portanto, mais barata.
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