IPCA de abril desacelera. O que vai sobrevir com a Selic?
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O Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Largo (IPCA), classificado uma vez que a “inflação solene” por ser considerado pelo Banco Medial para calibrar a Selic, subiu 0,42% em abril, conforme divulgou o Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). O indicador mostrou, portanto, uma desaceleração, tendo em vista que em março ele subiu 0,56%.
Apesar da desaceleração, esse foi o maior IPCA para um mês de abril desde 2023, quando foi de 0,61%. No ano, o IPCA acumula subida de 2,48% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,53%, supra dos 5,48% dos 12 meses imediatamente anteriores.
É válido lembrar que a meta perseguida pelo Banco Medial é de um IPCA de 3% ao ano, com limite de 1,5 ponto percentual para cima ou para plebeu. Portanto, ao permanecer em 5,53% em 12 meses, o IPCA está supra dos 4,5% considerados toleráveis pelo BC.
O resultado veio levemente supra das projeções dos economistas. A mediana das 37 projeções coletadas pelo Valor Data, apontavam que o IPCA de janeiro seria de 0,42%. O pausa das estimativas ia de uma subida de 0,34% a um progresso de 0,48%.
Porquê o resultado impacta a Selic e o seu bolso?
O primeiro efeito da inflação é sentido diretamente no bolso das pessoas. Enfim, uma inflação indica que, de um modo universal, as coisas estão ficando mais caras. Mas ela também mexe com a vida dos investidores, principalmente com a Selic. A taxa básica de juros, além de balizar os empréstimos e financiamentos, também é usada uma vez que referência de rentabilidade de muitos investimentos, principalmente na renda fixa.
Quando há uma subida dos preços, o instrumento usado pelo Banco Medial pra sustar esse progresso é A Selic. Portanto, a poder monetária pode aumentar os juros para encarecer o crédito às pessoas e empresas e, dessa forma, sustar o consumo e frear a inflação. O mesmo acontece no cenário oposto. Se a subida dos preços está sob controle, a poder monetária pode trinchar os juros (ou seja, “baratear o numerário”) para incentivar que as pessoas e empresas voltem a gastar sem que isso comprometa o bolso delas. Portanto, é um fomento para a economia aquecer.
Atualmente, o Banco Medial voltou a aumentar a Selic justamente por conta da preocupação com a inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Medial (BC) subiu a meta para a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 14,75% ao ano. Com isso, a Selic alcançou nesta quarta-feira (7) o maior nível desde julho de 2006.
O horizonte, no entanto, ficou em crédulo. “Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, coligado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela suplementar na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, trouxe o enviado do BC.
Portanto, dados uma vez que o IPCA trazem pistas do que vem por aí.
O que subiu e o que caiu?
Transportes teve uma queda de 0,38% e foi o únio grupo com deflação. Os demais apresentaram variação positiva na passagem de março para abril. A maior variação foi registrada no grupo Saúde e cuidados pessoais (subida de 1,18%), seguida do Vestuário (progresso de 1,02%) e do grupo Alimento e bebidas (subida de 0,82%), responsável pelo maior impacto (0,18 ponto percentual) no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Instrução e o 0,69% de Informação.
- Saúde e cuidados pessoais
A subida de 1,18% foi resultado do aumento dos produtos farmacêuticos (2,32%), em seguida a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e pelos itens de higiene pessoal (1,09%).
No grupo Vestuário, a subida de 1,02% foi influenciada pelas altas na roupa feminina (1,45%), na roupa masculina (1,21%) e nos calçados e acessórios (0,60%).
O grupo Alimento e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% em abril, com a alimento no residência registrando 0,83%. Contribuíram para esse resultado as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%) e do moca moído (4,48%).
Por outro lado, a cenoura caiu 10,40%, o arroz teve queda de 4,19% e as frutas recuaram 0,59%.
A alimento fora do residência subiu 0,80% em abril. O subitem lanche avançou 1,38%, e a repasto aumentou 0,48%.
No grupo Despesas pessoais, a subida foi de 0,54%. Sobressaem os avanços do cigarro (2,71%) e dos serviços bancários (0,87%).
O grupo Habitação desacelerou de 0,24% em março para 0,14% em abril. A taxa de chuva e esgoto subiu 0,25%. A pujança elétrica residencial registrou queda de 0,08% em abril.
No grupo dos Transportes, a queda de 0,38% foi resultado da queda da passagem aérea (que caiu 14,15%) e dos combustíveis (que recuaram 0,45%). O óleo diesel caiu 1,27%, o gás veicular caiu 0,91%, o etanol recuou 0,82% e a gasolina caiu 0,35%.
O metrô subiu 1,01% e o táxi avançou 1,15%. Por outro lado, o ônibus urbano caiu 0,09%.
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