Restrição de horários para propagandas de bets será votada no Senado
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Um deles é o projeto que restringe os horários em que essas propagandas podem ser veiculadas (PL 2.985/2023). O texto original, do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), vedava qualquer ação de notícia que promovesse a loteria de apostas esportivas. O senador Carlos Portinho (PL-RJ), no seu relatório, passou a autorizar a veiculação no pausa entre as 22h e as 6h, em rádio e televisão, mantendo a proibição para a internet e outros espaços.
O segundo projeto, do senador Eduardo Girão (Novo-CE), proíbe a participação de celebridades na publicidade de apostas em eventos esportivos (PL 3.405/2023). O relator, Sérgio Petecão (PSD-AC), incluiu os árbitros e ex-árbitros entre as personalidades que não poderão fazer promoção das casas de apostas.
Se aprovadas na Percentagem de Esportes (CEsp) , as matérias serão encaminhadas para a estudo da Percentagem de Informação e Recta Do dedo (CCDD), que terá a decisão final.
Golpes envolvendo falsas apostas crescem e vítimas perdem, em média, R$ 2,1 milénio
Uma vez que as bets estão na tarifa do dia, era só uma questão de tempo até os golpistas “entrarem no jogo” e explorarem o interesse nas apostas para infligir golpes e fraudes digitais. Na passagem de abril para maio, os golpes envolvendo falsas apostas on-line tiveram um aumento de 40%.
Os dados são da plataforma SOS Golpe, que mensalmente elabora um ranking das principais denúncias feitas pelas vítimas.
A perda média financeira nas plataformas falsas de apostas por vítima é de R$ 2,1 milénio.
Marcia Netto, CEO da Silverguard, empresa de proteção financeira do dedo responsável pela plataforma, explica que a vítima é atraída por promessas de lucros fáceis (via proclamação, influenciador ou SMS).
“Ela se cadastra na suposta plataforma, faz um primeiro repositório via pix e recebe incentivos para continuar apostando. Em alguns casos, a plataforma até libera pequenos saques no início, criando uma falsa sensação de segurança e sucesso. Depois, ao tentar sacar valores maiores, surgem bloqueios: taxa de liberação, exigência de “nível VIP”, rollover repreensível (requisitos de apostas que as casas determinam para desbloquear um bônus ou oferta), ou suporte que some misteriosamente”, comenta.
Os casos relatados pelas vítimas não têm relação com as plataformas regularizadas (bets) e que cumprem a regulação do setor, sancionada no término de 2024 e que começou a vigorar em janeiro deste ano.
Uma vez que o Valor Investe já mostrou, os usuários de plataformas de apostas regularizadas gastam, em média, R$ 216 mensais. Quase metade (47%) dos apostadores está em delonga com as dívidas. Entre os apostadores com maior tendência ao vício em apostas desembolsaram em média R$ 684 mensais com as bets, murado de três vezes mais do que a média de R$ 216. Sete em cada dez pessoas desse grupo apostaram uma ou mais vezes por semana. O Brasil ocupa hoje o 1º lugar no mundo em volume financeiro de apostas on-line.
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