BTG (BPAC11) ou XP (XPBR31): Qual a melhor ação para investir?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2023/5/p/nhA825RJuv3qBEgkTtmQ/gettyimages-88305922.jpg?ssl=1)
As duas maiores plataformas de investimentos do Brasil, BTG Pactual (BPAC11) e XP Investimentos (XPBR31), divulgaram seus resultados trimestrais recentemente. Ambos foram muito recebidos pelo mercado, com recordes importantes. Mas, na hora de escolher, qual ação é mais vantajosa para investir? Segundo analistas, é preciso ponderar alguns pontos, mas as duas podem surfar muito em um eventual período de golpe de juros.
O BTG Pactual (BPAC11) teve lucro líquido ajustado de R$ 3,367 bilhões no primeiro trimestre, com subida de 2,8% sobre o trimestre anterior e de 17% sobre mesmo período do ano pretérito. A receita totalidade ficou em R$ 6,837 bilhões, com aumento trimestral de 1,6% e anual de 16,5%. Ambos foram recorde.
A XP, no entanto, não ficou detrás. A companhia também reportou um lucro líquido ajustado recorde, de R$ 1,2 bilhão, um prolongamento de 20% em relação ao mesmo pausa do ano pretérito e de 2% na confrontação com os últimos três meses de 2024. As receitas totais chegaram a R$ 4,557 bilhões no primeiro trimestre, recuo de 4% em relação ao último trimestre de 2024, com aumento de 7% em um ano. O varejo contribuiu com R$ 3,441 bilhões, também 4% aquém do trimestre anterior, mas 10% supra na confrontação anual.
Danielle Lopes, sócia e comentador da Nord Investimentos, afirma que os resultados foram “também bons”, com destaque para recordes de receita e lucro para as duas companhias. Ela afirma, no entanto, que os pontos fortes de prolongamento foram distintos.
A XP, que é concentrada no varejo, teve um prolongamento poderoso de receita nesse segmento, que representa um terço da receita totalidade, o que é um ponto positivo. Aliás, a comentador destaca que a companhia conseguiu bons resultados no segmento de renda fixa, o que é uma sinalização importante de que ela está conseguindo velejar muito em diferentes contextos macroeconômicos.
O BTG, por outro lado, teve uma poderoso captação, mormente com a compra da superfície de gestão de patrimônios da Julius Baer no Brasil, além dos bons resultados em sua gestora e da sua carteira de crédito voltada para empresas.
E quais são os desafios de cada uma?
Segundo Danielle, o principal repto da XP é operar em um mercado bastante volátil para renda variável e ações, que foi sempre o setentrião da XP, mormente no segmento do varejo.
“Eles têm uma oscilação um pouco maior nos resultados oferecido essas mudanças no mercado. Mas isso tem sido a força deles, porque a partir do momento que eles conseguiram retrair uma segmento considerável do verba da pessoa física da renda variável para a renda fixa, eles também têm a possibilidade de gerar uma segurança nos resultados”, diz.
Os desafios do BTG é continuar um ritmo poderoso de captação e de gestão de fortunas. “Vimos uma janela muito grande dessa mudança de consultoria nos últimos três, quatro anos. Tem um movimento de consolidação também, o BTG tem tentando se posicionar uma vez que um player de consolidação. O repto é continuar fazendo boas aquisições, em um preço justo”. Um ponto positivo, para ela, é que a captação de gestão de fortunas crescendo muito, traz bastante previsibilidade para os resultados e “o BTG faz isso muito muito”.
Em qual ação investir, logo?
No pequeno prazo, as ações do BTG têm uma rentabilidade maior. Desde janeiro de 2023, elas acumulam subida de mais de 75%. Já os papéis da rival têm subida de 47%.
Para Danielle, a preferência é pelas ações do BTG, oferecido os números que a companhia tem mostrado. “Hoje temos recomendação de BTG, os múltiplos estão próximos, mas o BTG tem um prolongamento mais consistente dos resultados, uma estrutura de capital que julgamos um pouco mais saudável. Temos preferência para ações do BTG tanto no pequeno quanto no longo prazo, mas temos observado com carinho as ações da XP”, diz.
Ela destaca, no entanto, que a política de distribuição de dividendos da XP pode trazer uma boa geração de valor para os acionistas.
Para Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, as duas empresas “são muito muito tocadas”. Segundo o profissional, ele gosta de ambos os ativos, apesar de não ter recomendação para nenhum dos dois papéis neste momento. A opção, entre os bancos digitais, é o Inter. Ele pondera, no entanto, que se a Selic tiver uma queda, essas empresas tendem a ir muito, mormente a XP, mas lembra que ambas as ações negociam a um preço ressaltado em relação aos seus fundamentos financeiros.
“A XP costuma surfar muito muito, logo é uma opção, embora a gente saiba e reconheça que são múltiplos mais caros, por serem empresas mais digitais, com maior prolongamento. Gostamos de ambos, mas para o pequeno prazo não temos nenhum dos dois”, afirma.
Phillip Soares, dirigente de estudo da Options & Co., destaca que é importante realçar a presença poderoso da XP no varejo, dissemelhante do BTG, que tem uma parcela dignifica de seus negócios no ramo institucional. Isso significa, portanto, que caso o cenário macroeconômico melhore, ela tende a ter mais ganhos.
“O BTG fez um trabalho de testilhar o mercado de varejo nos últimos anos, mas mais da metade da receita é de institucional, e a XP não tem essa componente e isso é importante para entender o porvir desses papéis”, afirma. “A XP uma vez que é muito voltada para o varejo, se tiver um cenário macroeconômico muito positivo, ela surfa em 100% dos seus negócios. O BTG vai surfar? Vai, mas 30%, 40% de seus negócios, que é a segmento do varejo”, diz.
Por isso, o comentador afirma que sua preferência é pelas ações da XP, apesar de considerar “o BTG melhor posicionado uma vez que empresa em relação à XP”.
A XP ser listada no exterior, muda um tanto?
Um ponto importante a ser evidenciado é que as ações da XP, dissemelhante do BTG, não são listadas na B3, mas sim na bolsa americana Nasdaq. Mas, segundo Danielle, isso tende a não fazer tanta diferença para o investidor, mormente se ele investir por meio de BDRs (recibos de ações listadas no exterior negociados cá).
“O investidor pessoa física do Brasil reluta um pouco em ter ações lá fora, ele se preocupa com imposto de renda, etc. Mas hoje tem os BDRs cá. Um ponto positivo da XP ser listada lá fora é que eleva a diligência, ela tem uma estudo mais gerais do mercado, coisa que o BTG não tem. E eleva um pouco a responsabilidade, ela foca em uma Basileia mais subida, que são pontos bastante positivos”, diz.
Uma Selic menor pode ajudar…
Atualmente, a Selic chegou a 14,75% ao ano e atingiu seu patamar mais cume desde 2006. No entanto, as sinalizações do Banco Meão são de que esse ciclo de subida pode se fechar e, quem sabe, a trajetória de quedas se inicie. Caso isso aconteça, XP e BTG tendem a se beneficiar por diferentes fatores.
Primeiro, porque com a Selic mais baixa, a renda fixa passa a ter uma rentabilidade menor e os investidores tendem a transmigrar para a renda variável, o que aumentaria as negociações nessas plataformas e, consequentemente, suas receitas. Aliás, uma Selic menor também pode valer mais demanda por crédito, o que beneficia os braços bancários dessas empresas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2023/5/p/nhA825RJuv3qBEgkTtmQ/gettyimages-88305922.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2025/m/J/bLdqH8QYqjcZUfc1U0yQ/2025-08-16t174551z-119122991-rc2g8gany38p-rtrmadp-3-petrobras-raizen.jpg?ssl=1)
Publicar comentário