Alternativas ao IOF, novos 'rebaixamentos' da Moody's e produção industrial marcam o dia

Segundo reportagem do Valor Econômico, Haddad afirmou que o governo deve apresentar ao Congresso Pátrio alternativas ao aumento da alíquota do IOF em algumas operações hoje mesmo, antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França.

As soluções, segundo a reportagem, incluem um pacote de medidas na extensão do petróleo para receber mais de R$ 20 bilhões neste ano e R$ 15 bilhões no ano que vem. Para 2025, a principal receita viria de um leilão de petróleo em áreas não contratadas do pré-sal. Para 2026, técnicos do Ministério de Minas e Virilidade esperam um aumento da arrecadação com a venda de óleo da União pela PPSA (a estatal do pré-sal) e outras medidas regulatórias.

Ontem (2), o ministro da Rancho se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União) para tratar do tema. Portanto, o objecto segue no radar do mercado.

“Rebaixamentos” da Moody’s

Outro objecto que promete mexer com o mercado hoje são as revisões da escritório de classificação de risco Moody’s para empresas brasileiras. As perspectivas passaram de “positivas” para “estáveis”. Segundo a escritório, a decisão segue a diferença da perspectiva do rating soberano do Brasil, adotada no último dia 30. Na ocasião, a escritório também revisou a perspectiva do país de “positiva” para “sólido”, o que acendeu um alerta nos investidores.

Entre as instituições afetadas estão Petrobras, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, BNDES, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixa, Santander Brasil, BTG Pactual, Sicredi, Safra, ABC, Daycoval, XP, entre outros.

No caso da Petrobras, mesmo intermitente perspectiva de nota de crédito global da companhia de positiva para sólido, a Moody’s manteve a nota de crédito da Petrobras em “Ba1”. “Segundo a companhia, a nota reflete “as sólidas métricas de crédito da empresa e o histórico positivo de melhoria operacional e financeira da companhia”.

Já em relação aos bancos, a escritório aponta que a nota soberana pode afetar diretamente a qualidade de crédito de instituições domiciliadas no país e, de um modo mais universal, tende a estar associada a tendências macroeconômicas e dos mercados financeiros que afetam todas as empresas.

Porquê se não bastasse tanto objecto para monitorar, hoje o mercado também fica de olho nos dados da produção industrial do Brasil no mês de abril, que foram divulgadas às 9h pelo IBGE.

A produção industrial pátrio subiu 0,1% no mês em relação a março. Já diante de abril de 2024, na série sem ajuste, houve uma queda de 0,3%, interrompendo dez meses consecutivos de incremento. O aglomerado no ano foi a 1,4% e o dos últimos 12 meses chegou a 2,4%. Já a média traste trimestral para o trimestre terminado em abril ficou em 0,5%.

Os dados da atividade econômica são importantes porque mostram o quão aquecida está a economia lugar e, simples, o quanto isso pode impactar as pressões inflacionárias por cá.

Na agenda internacional, às 11h de Brasília será divulgado o relatório de Jolts de abril nos Estados Unidos. A {sigla} Jolts refere-se a Job Openings and Labor Turnover Survey (Pesquisa de Vagas Abertas e Rotatividade do Trabalho). Os números são importantes porque traz um termômetro da economia norte-americana neste momento.

Caso o mercado de trabalho continue aquecido, isso significa que as pressões inflacionárias devem continuar fortes por lá, o que justifica a cautela do Federalista Reserve (Fed, o banco meão norte-americano) em prosseguir com o galanteio de juros, apesar das pressões do presidente Donald Trump por taxas menores.