Em quais ações investir no exterior? Veja as recomendações para junho

“Com esse envolvente mais favorável a ativos de risco, o mercado migrou para teses com dinâmica de resultados mais positivas no limitado prazo (momentum) e propagação, reduzindo a exposição a empresas de valor, menor volatilidade e de superior dividend yield (rentabilidade com base na distribuição de dividendos)”, aponta o relatório do BTG Pactual.

E embora as empresas de tecnologia continuem favoritas no cenário extrínseco, uma das gigantes globais acabou perdendo espaço nos portfólios: a Microsoft.

A gigante de softwares foi trocada por outra do mesmo setor. E não qualquer concorrente, mas uma de suas maiores rivais hoje na corrida da Lucidez Sintético (IA): a Alphabet, dona do Google.

A troca foi realizada na carteira de BDRs (os certificados de repositório de valores mobiliários emitidos no Brasil que representam ações de empresas estrangeiras) recomendada pelo Itaú BBA, que atribui pesos de 20% para todos os ativos.

Em relatório, a equipe atribui a decisão de retirar a Microsoft do portfólio ao vestimenta de a companhia ter se valorizado bastante no último mês, a ponto de se aproximar de sua máxima histórica. Em outras palavras, a equipe entende que o espaço para subida da companhia é menor, considerando que o valor do ativo está perto do topo.

No levantamento do Valor Investe com base nas carteiras de BTG, Empiricus, Itaú BBA, Santander e XP, a Amazon segue porquê a ação mais recomendada para junho, figurando nas cinco carteiras, embora não necessariamente porquê a favorita ou com maior exposição em todas as casas.

Na maioria das carteiras de ações estrangeiras, a exposição recomendada para a Amazon é de 5%. Assim, embora seja bastante recomendada, não é a maior posição em nenhum dos portfólios consultados.

*A carteira de recomendações para junho não contou com participação da Ágora, que recomendava a ação da Nvidia no último mês. Assim, não é preciso concluir que a empresa caiu na preferência de analistas

Mas com a retomada dos embates entre Trump e Xi Jinping, líder do Partido Comunista da China, o cenário ainda é de baixa visibilidade no envolvente macroeconômico. Assim, as carteiras internacionais de renda variável seguem concentradas em ativos com características mais defensivas e menos expostas às empresas sensíveis aos ciclos econômicos.

• Ainda que as gigantes de tecnologia sejam consenso entre as recomendações, a XP dá mais peso aos papéis do setor financeiro em seu portfólio e, neste mês, reduziu a recomendação de exposição às big techs para uma posição inferior do referencial adotado pelo mercado.

“O diferimento do choque relacionado às tarifas sobre a atividade e a inflação, assim porquê a persistente incerteza sobre o rumo das negociações, nos leva a confiar que o Federalista Reserve [Fed, o banco central dos EUA] deve realizar menos cortes de juros que o mercado atualmente espera, à medida que a domínio monetária aguarda sinais mais claros de deterioração das condições econômicas para prosseguir com o ciclo de retardamento monetário”, escreve a equipe da XP no relatório de recomendações.

Ainda que as alterações tenham sido majoritariamente conservadoras, também chamam atenção algumas entradas de nomes de empresas asiáticas nos portfólios.

• A Empiricus trocou a Coinbase e a Disney pela chinesa Baidu e pela também americana Salesforce, ambas com peso de 10%. Já o BTG incluiu em sua carteira as ações do grupo chinês de e-commerce Alibaba e da TSMC, multinacional taiwanesa trabalhador de semicondutores que concorre com a Nvidia.

“Inserimos a TSMC (5%) em junho com base em nossa visão otimista sobre lucidez sintético, tema no qual a companhia se destaca porquê uma das principais beneficiária graças à posição de liderança em fundição de chips. A ação negocia a 20 vezes os lucros estimados para 2025, um desconto de 5% em relação média dos últimos cinco anos. Para a sua ingresso, retiramos a United Health, que enfrenta escrutínio regulatório com investigações de potenciais fraudes contábeis no Medicare Advantage, limitando a visibilidade de seus resultados no limitado prazo”, defende o BTG na epístola de recomendações para junho.

A equipe também defende ter mantido a recomendação de exposição à China, mas em seguida uma revisão da tese de investimento. Do mês pretérito para nascente, sugere a troca da ação da PDD pela Alibaba, oferecido que a primeira (também uma plataforma chinesa de e-commerce) divulgou resultados fracos, pressionados por custos elevados de marketing e pelo termo da isenção de tarifas para produtos de plebeu valor, que elevaram custos de importação e comprimiram as margens do Temu.

“Em contrapartida, a Alibaba apresenta fundamentos mais sólidos, com momento de resultados favorável e expansão acelerada na subdivisão de computação em nuvem, cuja receita de produtos de IA cresceu em três dígitos no último trimestre”, acrescenta.

“As exclusões das ações da Coinbase e Disney têm um caráter muito mais técnico do que fundamentalista, dada a poderoso valorização desses dois ativos no mês pretérito (23% e 22%, respectivamente)“, explica a Empiricus em relatório.

O documento, no entanto, labareda atenção para a uma piora da economia americana, que poderia impactar negativamente os segmentos. “Com a falta de gatilhos no limitado prazo e a possibilidade de uma desaceleração por conta das incertezas tarifárias e fiscais, entendo que o melhor a se fazer é botar o lucro no bolso e colocar outra ação na carteira“, defende o comentador Enzo Pacheco, da Empiricus, quem assina o relatório.

Já as escolhas para ingresso têm menos a ver com aspectos geográficos e mais com a exposição a companhias que estão muito posicionadas para a corrida da IA e estão com ações em preços atraentes, que seriam “pontos de ingresso”, em sua avaliação.

No caso do Baidu, o comentador pondera que a companhia é uma das líderes na China em iniciativas de IA generativa, possui relevância em computação em nuvem e em direção autônoma. Já a Salesforce era tida “até pouco tempo detrás porquê uma das principais empresas de tecnologia do mercado” e está com os papéis negociados perto das mínimas nos últimos cinco anos. Em obséquio de um horizonte mais otimista, Pacheco coloca que a empresa americana tem “buscado expandir seus produtos e serviços relacionados à IA.”

O Itaú BBA excluiu Microsoft e incluiu a Alphabet, dona do Google, na revisão da carteira de maio para junho. Todos os cinco ativos seguem com 20% de peso no portfólio.

Na resguardo pela ingresso da Alphabet, o documento aponta que o BDR da companhia acompanhou o desempenho do índice BDRX e passou uma recuperação em maio. “Levante movimento abriu espaço para que a ação da Alphabet [negociada na Nasdaq] continue no cenário positivo em junho, com objetivos em US$ 89 e US$ 103,90 – máxima histórica, desde que ultrapasse a barreira em US$ 84,50“, indica a estudo técnica.

Labareda bastante atenção, entre as manutenções da carteira, a compressão do potencial de valorização dos ativos, revérbero do rali no setor de tecnologia americano em maio. O espaço para subida de Amazon, por exemplo, caiu de 48,4% no último mês para 14,6%, enquanto o da Meta (dona do Instagram, Facebook e WhatsApp) cedeu de quase 43% para 8% agora.

O Santander manteve inalterada a carteira de recomendações de ações globais para o mês de junho, defendendo a manutenção da visão que vem de maio de que o governo Trump “não é insensível às respostas negativas vindas do mercado de capitais, o que motiva a manutenção de perspectivas concretas de desescalada contínua das tensões comerciais” e de um pivô para uma agenda que estimule o propagação da economia americana.

“No paisagem microeconômico, acreditamos que a tese de lucidez sintético generativa começa a se materializar em resultados financeiros concretos de forma acelerada. Empresas líderes porquê Microsoft e Nvidia relataram propagação exponencial no processamento de tokens (métrica diretamente ligada ao uso de modelos de IA)”, aponta o relatório assinado pelo estrategista do Santander Ricardo Peretti.

Esses dados, segundo o estrategista, reforçam a visão de que o ciclo de monetização da IA está em curso, o que faz com que siga construtivo com o tema, “que permanece porquê uma das teses centrais em nossa alocação estrutural.”

A XP labareda atenção nas mudanças para junho às perspectivas de que a trégua das tarifas, aliada à incerteza persistente possa se mostrar positiva para o consumo, diante da recuperação da crédito.

Sobre os setores que perderam peso na carteira, a XP explica que as empresas de saúde apresentam um balanço de riscos negativos nos EUA, principalmente diante de incerteza regulatória.

“Mantemos inalterada nossa visão regional, com perspectiva inferior do neutro para os EUA, supra do neutro para a China e Reino Uno e neutra para Europa“, traz o relatório da morada.