Tesouro Direto: títulos públicos pagam mais com incertezas sobre cenário fiscal e Selic

A sessão de hoje marca mais uma rodada de ajustes das expectativas em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana. Com a porta ensejo tanto para uma subida de 0,25 ponto da taxa Selic, a 15%, quanto para manutenção em 14,75%, o mercado mostra maior volatilidade nas apostas para o próximo passo da política monetária.

O mercado de opções digitais de Copom voltou a mostrar chance majoritária para subida de 0,25 ponto, de 65%, contra 37,5% de verosimilhança de que a Selic fique seguro daqui a uma semana.

No cenário fiscal, dúvidas sobre a substituição parcial do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mexem com o mercado de juros hoje, sobretudo na ponta mais curta.

A leitura do mercado é a de que, sem o aumento de imposto sobre crédito, a medida do governo não teria efeito em relação à política monetária do Banco Mediano, o que exigiria juros maiores no limitado e médio prazos.

• Assim, por volta de 15h28, os títulos prefixados com vencimento em 2028 ofereciam um retorno de 13,57%, inferior dos 13,64% do início da sessão e muito supra dos 13,52% de ontem.
• Os papéis com vencimento em 2032 pagavam 13,79%, diante de os 13,84% da manhã e patamar também superior aos 13,83% da véspera. Nos papéis prefixados de mais longo prazo, com vencimento em 2035 e pagamento de juros semestrais, as taxas eram de 13,90%, diante de os 13,96%.
• Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2029 pagavam 7,63%, superior aos 7,60% da manhã e 7,51% da última sessão.
• Os títulos de longo prazo, uma vez que aqueles com vencimento em 2040, ofereciam um retorno de 7,11% (7,12% antes), também supra dos 7,07% da sessão anterior. As taxas dos papéis com vencimento em 2050, por sua vez, eram negociadas a 7,07% (antes 7,08% hoje e 7,04% de ontem).