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Quais investimentos podem proteger o investidor do vaivém dos mercados?

Quais investimentos podem proteger o investidor do vaivém dos mercados?

Quais investimentos podem proteger o investidor do vaivém dos mercados?

Quais investimentos podem proteger o investidor do vaivém dos mercados?

O Ibovespa alcançou no mês de maio pela primeira vez a marca dos 140 milénio pontos. Porém, embora seja difícil pregar se o indicador continuará com desempenho supra desse patamar daqui para frente — mormente com incertezas que ainda podem vir com a eleição presidencial de 2026 — as previsões da corretora Monte Insubmisso são bastante otimistas para os próximos meses.

Isso faz com que, na visão da corretora, os ativos de risco de renda variável tenham um potencial de subida importante nos próximos 12 e 18 meses. Por outro lado, a recomendação é buscar opções que ajudem a proteger a carteira do vai e vem dos mercados, tanto na renda fixa quanto na renda variável.

Segundo a Monte Insubmisso, que elevou no último mês a projeção do Ibovespa de 138 milénio para 150 milénio pontos, para o investidor moderado, a sugestão de alocação em papéis atrelados à inflação (mormente o Tesouro IPCA+) foi elevada de 20% para 28%, enquanto houve redução da exposição de 26% para 20% em prefixados, já “afetados pelo término do ciclo de subida da Selic”.

Já para a bolsa, para leste perfil de investidor, a vivenda recomenda um aumento na alocação de 5% para 8%, com investimento mormente em ações de setores uma vez que utilidades públicas, incorporadoras e shoppings.

Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Insubmisso, comenta que a perspectiva positiva para os ativos brasileiros “está muito mais atrelada ao cenário global, que gerou um fluxo de verba para países emergentes uma vez que o Brasil, do que pelos fundamentos internos que, na sua visão, continuam bastante frágeis”.

“Mas o que importa para a dinâmica dos ativos é o conjunto todo e nós temos uma perspectiva positiva daqui a para o final do ano e também para 2026”, diz Mathias.

O que tem movimentado o mercado?

No contexto global, a Monte Insubmisso pondera que o Federalista Reserve (Fed, o banco médio dos EUA) deve observar atentamente uma vez que as tarifas afetam os preços e o comportamento dos consumidores. Segundo a corretora, a resposta da política monetária dependerá da persistência da inflação e da reação do mercado de trabalho.

A Monte Insubmisso avalia que, a princípio, as tarifas representam um aumento pontual nos preços e não uma nascente contínua de pressão inflacionária. “Se isso se confirmar e as expectativas de inflação permanecerem ancoradas, os riscos negativos para a economia provavelmente dominarão a decisão de juros do Fed. Por isso continuamos a ver cortes de juros no segundo semestre“, diz o relatório da instituição.

Para a corretora, o mercado parece ter virado a página das tarifas, ainda que o tema ainda movimente o mercado. Agora, o embate foca na evolução do orçamento no Senado dos EUA e nas polêmicas em torno do “One Big Beautiful Bill” (Projeto de Lei Único, Grande e Bonito)”.

Sob essa ensejo, uma maior incerteza nos EUA produziu uma realocação das carteiras globais que enfraquece o dólar e produz um fluxo que também vai para emergentes, de forma que o Brasil sai marginalmente beneficiado, explica a Monte Insubmisso.

Para a instituição, o Brasil segue com fundamentos macroeconômicos frágeis, em um envolvente de política fiscal excessivamente expansionista que força o Banco Mediano a adotar uma política monetária dura e contracionista para sofrear a inflação — uma combinação disfuncional.

A agenda econômica segue subjugada pela taxa eleitoral — em próprio diante da queda da popularidade do governo, que segue acreditando que programas de transferência de renda possam virar esse quadro”, diz o relatório.

Neste cenário, a recuperação dos ativos domésticos tem sido impulsionada menos por fundamentos e mais por fatores externos. A turbulência política nos Estados Unidos, decorrente da política errática de Trump, enfraqueceu o dólar e contribuiu para a queda das taxas globais diante da desaceleração econômica internacional.

Ou por outra, os fluxos de capital têm se desviado para mercados uma vez que Japão e Europa — e, de forma residual, alcançam também os emergentes, de consonância com a instituição.

E onde alocar para aproveitar essa ensejo?

O CDI projetado de 14,20% para os próximos 12 meses resulta em um renda real de 8,56%, perante um IPCA de 5,20%, segundo a Monte Insubmisso. Nesse contexto, a recomendação segue de um portfólio com perfil defensivo, com uma parcela relevante exposta ao dólar.

Para a corretora, o término do ciclo de subida dos juros no Brasil já derrubou a taxa dos prefixados, enquanto os títulos indexados à inflação ficaram atrasados. Com isso, estes papéis indexados à inflação mais longos seguem atraentes.

A dinâmica global também cria um envolvente favorável para ativos brasileiros, apesar do risco fiscal e da queda de popularidade do governo.

Em relação aos fundos imobiliários, o foco da corretora passa a ser a alocação em fundos de recebíveis e FIIs que tenham times de gestão estruturados.

Carteira sugerida

Classe Referência Retorno esperado em 12 meses Perfil Conservador Moderado Dinâmico Arrojado
Renda Fixa Pós CDI 14,2% 80% 22% 10% 6%
Renda Fixa Pré IRF-M 15,5% 5% 20% 12% 10%
Renda Fixa Inflação IMA-B 17,0% 15% 28% 35% 40%
Multimercado IHFA 17,0% 5% 5% 4%
Fundos Imobiários IFIX 16,6% 5% 5% 4%
Renda Variável Ibovespa 24,1% 5% 10% 17%
Alternativos Não possuí 19,9% 2% 3% 4%
Internacional 60 Ações /40 Bonds 13,6% 13% 20% 15%

gettyimages-1497916888 Quais investimentos podem proteger o investidor do vaivém dos mercados?
Oscilação — Foto: Getty Images

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