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Em seguida xeque-mate do Copom, Ibovespa fecha semana no 0 a 0. Tem por que apostar na bolsa agora?

Em seguida xeque-mate do Copom, Ibovespa fecha semana no 0 a 0. Tem por que apostar na bolsa agora?

Em seguida xeque-mate do Copom, Ibovespa fecha semana no 0 a 0. Tem por que apostar na bolsa agora?

Em seguida xeque-mate do Copom, Ibovespa fecha semana no 0 a 0. Tem por que apostar na bolsa agora?

Esta sexta-feira (20) marcou a primeira sessão na bolsa brasileira que repercutiu a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Médio (BC).

Embora em risco com as apostas da maioria dos investidores, a porta para manutenção da Selic em 14,75% ao ano ainda estava entreaberta. E, até o momento da divulgação do expedido, ninguém ousaria descartá-la completamente.

Até que o Copom bancou mais um aperto na taxa de juros e deu um xeque-mate no mercado.

  • A taxa de Repositório Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,87% para 14,96% ao ano. Prêmios em contratos de pequeno prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
  • No médio prazo, os retornos da taxa para janeiro de 2029 foram de 13,55% para 13,41%ao ano.
  • Já para janeiro de 2036, a taxa saiu de 13,75% para 13,58% ao ano. Vencimentos com prazos mais longos refletem uma maior preocupação com calote do governo.

Para surpresa até daqueles que viam espaço para um último aperto nos juros, o tom do expedido veio duro. Embora antecipando o termo deste ciclo, não descartou novas altas na Selic se assim os diretores julgarem necessário.

O movimento puxou a visão de consolação mais possante nos juros lá na frente. Mas, no pequeno prazo, a maré segue contra a renda variável.

  • Num envolvente cada vez mais multíplice para apostar na renda variável, o Ibovespa perdeu os ganhos que acumulava na semana, e fecha o período praticamente fixo, com queda de 0,07%, nos 137.116 pontos. Hoje, a queda foi brusca: de 1,15%. No mês de junho, a carteira diminuiu a subida para 0,07%. Desde o prelúdios deste ano, ainda acumula valorização de 14%.

Com a Selic pagando 15% ao ano nos investimentos de mais grave risco do mercado de capitais, quem vai topar passar os riscos da bolsa?

  • A carteira do Ibovespa girou R$ 23,2 bilhões, 40% supra da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,6 bilhões, graças ao possante movimento vendedor que tomou conta dos negócios hoje.

A liquidez pode estar contaminada pela sessão nessa ponte de feriado cá e nos Estados Unidos, mas reflete um sentimento que se espalha pelo mercado mundo afora: pânico.

Uma vez que os investidores estrangeiros são os que vêm sustentando a bolsa do Brasil nesta primeira metade do ano – posteriormente o desgaste dos investidores locais com a renda variável desde 2022 -, tudo indica que eles foram os que lideraram a debandada das ações domésticas hoje.

  • Das 84 ações que fazem secção do Ibovespa atualmente, 74 desvalorizaram nesta sessão. Na semana, 45 recuaram.

E isso vem acompanhando de alguma coisa que deve preocupar o investidor de bolsa que mira o pequeno prazo: a piora do cenário para comprar risco neste momento. Principalmente se essa alocação em ativos mais voláteis estiver indisponível para liquidação por dois dias (uma vez que acontece aos fins de semana, quando as bolsas não operam).

Donald Trump estabeleceu um prazo de duas semana para negociações com o Irã. Os países europeus fizeram uma rodada hoje, mas saíram da reunião exclusivamente com a vaga promessa de retomar as negociações.

Sem um contrato nesse prazo, os Estados Unidos podem entrar na guerra ao lado de Israel.

E aí a situação escalaria a níveis vistos antes exclusivamente no prelúdios deste século, quando o tropa americano ocupou a região.

Embora haja qualquer sinal de consolação nesses dias que virão, que devem ser marcados pelas tratativas entre os países, a incerteza predomina. E o pior cenário (o da escalada da guerra no Oriente Médio) ainda está na mesa.

  • O dólar mercantil valorizou 0,45% contra o real e fechou a semana cotado a R$ 5,52. Nesse período, a moeda americana ainda acumulou desvalorização de 0,32% por cá. No mês de junho, cedeu 3,38%. Desde o início do ano, ficou 10,6% mais barato para o brasílio.

Lá fora, com o consolação das rodadas de negociações, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas de economias desenvolvidas, até mostrou ligeiro desfavor. Por cá, a mote americana ficou mais possante porque, evidente, o real enfraqueceu perante a queda dos preços das commodities.

Em próprio o petróleo Brent (referência global) para agosto que, com sinais de uma provável trégua no conflito entre Israel e Irã e à véspera do termo de semana, recuou 2,33%, a US$ 77 o barril.

Por que alguém apostaria na bolsa agora?

Não importa o momento, a bolsa sempre terá os seus otimistas de plantão. Mas essa tarefa acaba de permanecer mais árdua com uma Selic rentabilizando em 15% em 12 meses para os investidores comprarem títulos com um dos riscos mais baixos no mercado brasílio.

Por que, portanto, alguém se aventuraria nos altos e baixos (com muitos baixos, ultimamente) das ações domésticas?

O principal argumento de especialistas – que se aplica exclusivamente àqueles que têm estômago para a volatilidade do mercado de ações – é que a bolsa brasileira está barata e o “fundamento” das empresas não mudou.

De indumentária, a relação que mede o preço médio das ações da bolsa contra o lucro médio das empresas listadas dividido por ação (o tal preço sobre lucro, ou P/L) está aquém de 9 vezes. Esse múltiplo fica aquém do patamar histórico do nosso mercado, que é de 11 vezes, e também muito aquém de outras bolsas emergentes.

E aí entra o segundo argumento: o fundamento. Basicamente, a teoria é que a bolsa brasileira reúne ações de empresas de qualidade. A tese de investimentos em muitas dessas companhias traz horizontes sólidos tanto no pequeno quanto no médio ou no longo prazos. Mas aí é um olhar para o negócio, que não necessariamente se reflete em ganhos de capital.

Vejamos o caso da Vale: embora seja uma das maiores empresas do país, líder global em mineração e venha trazendo resultados sólidos, a ação da mineradora acumula uma queda de quase 5% desde o início do ano.

A questão que contamina o cenário para investimentos na Vale é quase essencialmente macroeconômica. As grandes economias estão desacelerando, embora os juros sigam altos no mundo todo, o que implica em menor ritmo de consumo nas indústria de construção. E o grande foco cá é a China, a maior consumidora do minério exportado pela companhia brasileira.

Em suma, a perspectiva é de menor demanda pelo resultado da mineradora o que, portanto, pode contaminar os resultados da empresa.

É muito improvável que a Vale fique no prejuízo. Mas é bastante provável que o desempenho da ação na bolsa siga esse marasmo até que haja uma guinada no mercado extrínseco.

Portanto, que quer montar uma carteira de boas pagadoras de dividendos e mira o longo prazo, a mineradora pode ser uma boa pedida. Agora, quem precisa de investimentos mais líquidos ou mira um lucro de capital com as operações de compra e venda de papéis, aí entrar na bolsa agora é uma cilada.

Principalmente porque é preciso considerar o dispêndio do risco que se corre. Para um título Tesouro Selic, o mais seguro do mercado brasílio, que paga 15% ao ano, uma ação precisa entregar ao menos 30% em ganhos de capital no mesmo período.

Mas com tanto em jogo nos cenários extrínseco e sítio neste momento, quem vai colocar a mão no queimada pela renda variável agora?

Comportamento das ações do Ibovespa em 20/6/2025

Código Nome Orifício Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
TIMS3 TIM ON 21,01 20,94 21,45 21,56 21,52 1,51
VIVT3 TELEF BRASIL ON 29,77 29,66 30,23 30,36 30,28 1,47
RECV3 PETRORECSA ON 15,53 15,52 15,86 16,03 15,79 1,35
TAEE11 TAESA UNIT 34,24 34,08 34,41 34,54 34,54 0,88
PETR3 PETROBRAS ON 35,65 35,57 35,98 36,27 35,91 0,45
NTCO3 GRUPO NATURA ON 10,36 10,36 10,51 10,66 10,50 0,38
ABEV3 AMBEV S/A ON 13,41 13,37 13,46 13,55 13,53 0,30
SMTO3 SAO MARTINHO ON 19,45 19,30 19,60 19,94 19,50 0,26
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 18,50 18,23 18,40 18,53 18,45 0,11
BPAC11 BTGP BANCO UNT 41,32 41,24 41,66 41,82 41,82 0,05
CMIN3 CSN MINERACAO ON 4,97 4,93 4,97 5,00 4,97 -0,20
PSSA3 PORTO SEGURO ON 53,62 52,96 53,37 53,62 53,50 -0,26
SBSP3 SABESP ON 116,26 114,73 115,42 116,26 115,65 -0,26
PETR4 PETROBRAS PN 32,73 32,63 32,86 33,16 32,82 -0,27
PRIO3 PETRORIO ON 43,60 43,37 43,63 44,00 43,56 -0,32
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 3,06 2,96 3,00 3,06 3,05 -0,33
STBP3 SANTOS BR PART ON 13,73 13,69 13,71 13,75 13,69 -0,36
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 40,20 40,01 40,21 40,48 40,28 -0,42
EMBR3 EMBRAER ON 72,91 72,06 72,67 73,77 72,53 -0,51
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 36,52 36,39 36,56 36,67 36,64 -0,52
WEGE3 WEG ON 41,43 41,31 41,74 42,40 41,64 -0,53
BRAV3 BRAVA ON 20,28 20,18 20,37 20,68 20,32 -0,54
VIVA3 VIVARA ON 25,36 25,08 25,35 25,55 25,47 -0,59
BRFS3 BRF SA ON 20,65 19,83 20,45 20,79 20,79 -0,62
ENGI11 ENERGISA UNT 46,46 46,36 46,82 47,01 46,85 -0,62
ITSA4 ITAUSA PN 10,80 10,68 10,76 10,84 10,81 -0,64
MRVE3 MRV ON 5,82 5,73 5,81 5,86 5,86 -0,68
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 47,40 46,92 47,28 47,53 47,32 -0,71
DIRR3 DIRECIONAL ON 42,64 41,60 42,09 42,76 42,15 -0,75
HYPE3 HYPERA ON 27,51 27,27 27,48 27,77 27,47 -0,79
BBDC4 BRADESCO PN 16,63 16,49 16,60 16,74 16,62 -0,84
LREN3 LOJAS RENNER ON 18,51 18,27 18,49 18,59 18,56 -0,85
CVCB3 CVC BRASIL ON 2,30 2,25 2,28 2,31 2,29 -0,87
ENEV3 ENEVA ON 13,74 13,64 13,75 13,89 13,75 -0,87
POMO4 MARCOPOLO PN 7,55 7,48 7,56 7,63 7,57 -0,92
VBBR3 VIBRA ON 21,47 21,35 21,44 21,81 21,43 -0,92
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 35,61 35,05 35,21 35,63 35,19 -0,96
CMIG4 CEMIG PN 10,85 10,70 10,76 10,86 10,75 -1,01
BEEF3 MINERVA ON 4,84 4,79 4,85 4,88 4,87 -1,02
CYRE3 CYRELA REALT ON 25,20 25,08 25,27 25,44 25,26 -1,10
BBDC3 BRADESCO ON 14,35 14,19 14,26 14,38 14,29 -1,11
CPLE6 COPEL PNB 12,50 12,36 12,46 12,56 12,41 -1,12
ISAE4 ISA ENERGIA PN 23,26 23,03 23,16 23,38 23,03 -1,20
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 21,91 21,68 21,88 22,06 21,91 -1,22
B3SA3 B3 ON 13,60 13,44 13,60 13,70 13,62 -1,23
ELET3 ELETROBRAS ON 40,38 39,55 39,90 40,39 40,05 -1,23
SMFT3 SMART FIT ON 23,92 23,64 23,91 24,05 23,91 -1,32
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 40,28 39,95 40,12 40,58 40,05 -1,33
RDOR3 REDE D OR ON 34,91 34,46 34,78 35,22 34,80 -1,33
UGPA3 ULTRAPAR ON 17,14 17,04 17,13 17,36 17,09 -1,44
ALOS3 ALLOS ON 21,57 21,29 21,38 21,69 21,36 -1,52
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 13,53 13,49 13,54 13,79 13,51 -1,53
BRAP4 BRADESPAR PN 15,32 15,02 15,12 15,39 15,07 -1,63
EQTL3 EQUATORIAL ON 36,37 35,55 35,94 36,45 35,93 -1,72
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 14,46 14,20 14,26 14,50 14,20 -1,73
SUZB3 SUZANO S.A. ON 52,51 51,87 52,17 52,97 51,87 -1,78
MULT3 MULTIPLAN ON 26,15 25,85 25,94 26,23 25,85 -1,86
YDUQ3 YDUQS PART ON 16,75 16,38 16,55 16,75 16,54 -1,96
SANB11 SANTANDER BR UNIT 29,70 29,39 29,53 29,86 29,47 -2,03
COGN3 COGNA ON 2,87 2,79 2,82 2,90 2,82 -2,08
BBAS3 BRASIL ON 21,80 21,35 21,45 21,81 21,35 -2,11
RADL3 RAIA DROGASIL ON 14,24 14,00 14,18 14,56 14,00 -2,23
ELET6 ELETROBRAS PNB 45,11 43,61 44,01 45,16 44,10 -2,24
ASAI3 ASSAI ON 10,97 10,68 10,77 10,97 10,78 -2,36
KLBN11 KLABIN S/A UNT 18,05 17,57 17,66 18,06 17,60 -2,44
AURE3 AUREN ON 10,01 9,78 9,90 10,02 9,80 -2,58
VALE3 VALE ON 51,24 49,92 50,18 51,28 49,92 -2,58
AZZA3 AZZAS 2154 ON 40,90 40,16 40,37 41,06 40,25 -2,59
RAIL3 RUMO S.A. ON 18,22 17,94 18,05 18,36 17,97 -2,76
RAIZ4 RAIZEN PN 1,77 1,70 1,72 1,78 1,72 -2,82
GOAU4 GERDAU MET PN 9,13 8,90 8,97 9,15 8,91 -2,84
FLRY3 FLEURY ON 13,38 13,04 13,14 13,45 13,06 -3,04
USIM5 USIMINAS PNA 4,54 4,39 4,46 4,56 4,40 -3,08
BRKM5 BRASKEM PNA 10,13 9,83 9,93 10,13 9,83 -3,15
GGBR4 GERDAU PN 16,43 15,95 16,07 16,54 16,01 -3,15
CSNA3 SID NACIONAL ON 8,13 7,87 7,94 8,18 7,87 -3,44
TOTS3 TOTVS ON 42,00 40,40 40,98 42,14 40,89 -3,58
RENT3 LOCALIZA ON 44,27 43,21 43,41 44,57 43,26 -3,61
MRFG3 MARFRIG ON 24,22 23,26 23,45 24,26 23,32 -4,27
HAPV3 HAPVIDA ON 39,01 37,13 37,54 39,49 37,42 -5,24
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 9,19 8,80 8,98 9,19 8,85 -5,35
PETZ3 PETZ ON 4,21 4,02 4,12 4,22 4,02 -5,41
VAMO3 VAMOS ON 4,77 4,48 4,54 4,77 4,48 -7,44
CSAN3 COSAN ON 7,91 7,28 7,46 7,93 7,28 -9,00

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Xadrez — Foto: GettyImages

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