Copom sobe Selic em 0,25 ponto, a 15% ao ano, e antecipa termo do ciclo de altas nos juros
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Medial (BC) subiu a meta para a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, a 15% ao ano. Com isso, a Selic alcança nesta quarta-feira (18) o maior nível desde junho de 2006.
No enviado, o BC afirma que, em se confirmando o cenário esperado, levante seria o termo deste ciclo de apertos na Selic.
“O Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de subida de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e logo calcular se o nível manante da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para confirmar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue favorável”, informa o enviado do Copom.
Oriente é o sétimo aperto ininterrupto na taxa básica de juros, mas o ciclo de altas na Selic está perto do termo, de convenção com a estudo de economistas, e depois três aumentos seguidos de 1 ponto e um de meio ponto em maio. Portanto, entre agentes do mercado financeiro, o aperto de 0,25 ponto percentual na reunião de hoje já era esperado.
- De convenção com a utensílio Termômetro do Copom, do Valor Investe, com base em contratos de opções negociados na B3, 64,8% do investidores viam a escalada da taxa a 15% ao ano, contra 34% que apostavam na manutenção da taxa em 14,75% ao ano nesta decisão de junho.
Do ponto de vista do consumo, Selic mais subida ou mais baixa implica, nesta ordem, empréstimos e financiamentos mais caros ou mais baratos. E, assim sendo, serve porquê utensílio para esfriar ou esquentar a demanda e, a reboque, a inflação no mercado.
Entre os riscos de subida para o cenário inflacionário lugar, o BC destacou entre os pontos de pressão desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
Para o mercado financeiro lugar, a renda fixa pagando mais significa que a renda variável tende a permanecer menos atrativa. Já para o internacional, a renda fixa no Brasil acaba se tornando mais competitiva, o que tende a atrair dólares. O reforço desse fluxo cambial, por sua vez, ajuda a domar a inflação por meio do meio do câmbio.
A partir das próximas reuniões do Copom, o horizonte para 2026 deve tarar mais sobre as decisões de política monetária do as expectativas para a inflação em 2025.
Porquê o mercado recebeu o enviado?
Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, aposta que, mesmo que o Copom não tenha descartado voltar a subir a taxa caso necessário, o Copom manterá a taxa em 15% até o termo de 2025.
“A decisão mostra que os diretores do comitê estão comprometidos em fazer a inflação convergir [em direção à meta]. Acredito que vamos ter uma leitura bastante positiva para os mercados no que diz reverência às curvas de juros. Devemos ter uma queda das taxas em contratos futuros de juros [DI] na sexta-feira por o enviado ter vindo com um tom mais duro”, defende Bolzan.
Ao fechar o ciclo de sete apertos com uma postura mais inclinada a uma política monetária contracionista, Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1, também entende que o Copom deve manter a Selic nos 15% ao ano por um longo período.
“Os membros do Copom quiseram substanciar a mensagem de que não pretendem estrear a trinchar a taxa de juros nos próximos meses, com o intuito de tentar evitar que o mercado comece a marchetar nos preços um início prematuro de um ciclo de atraso monetário”, diz.
Posteriormente o enviado de hoje, a equipe de economia da XP passa a ter um cenário de manutenção da Selic até o segundo trimestre do ano que vem e vê espaço depois para cinco cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual nos juros. Assim, a taxa básica chegaria a 12,5% ao ano no termo do próximo ciclo de afrouxo monetário.
De convenção com a utensílio FedWatch, do CME Group, que acompanha as expectativas de investidores conforme as negociações dos futuros das taxas do Fed, 99,9% dos agentes acreditavam na manutenção dos juros americanos nesta reunião.
Esta foi a quarta manutenção dos juros, que segue no mesmo patamar desde o início do segundo procuração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem pressionado o Fed a descer as taxas.
Na coletiva depois discursar a decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, enfatizou as preocupações da poder monetária com os impactos do tarifaço de Trump na inflação americana e com o mercado de trabalho apertado nos EUA.
- Da última reunião até esta, o risco fiscal voltou a escalar no Brasil com o trapalhão pregão dos esforços federais para lastrar as contas públicas.
A política de aumento do IOF, majoritariamente substituída pela MP que eleva a fardo tributária em investimentos e operações do setor financeiro, foi mal recebida por congressistas, que antes pareciam alinhados ao Planalto.
Para o mercado, o incidente evidenciou algumas fragilidades do cenário fiscal: a situação periclitante das contas públicas, que seguem dependendo de mais arrecadação para depreender a meta estabelecida pelo busto; o racha entre Executivo e Legislativo, que emperra as negociações federais; e a indisposição de todos os lados em reduzir os gastos para lastrar as contas.
Essa subida da percepção de risco foi compensada pelo cenário extrínseco, de onde vem qualquer refrigério para o horizonte macroeconômico. O diferimento do tarifaço de Trump e as sinalizações de uma novidade trégua nas negociações entre Estados Unidos e China. De maneira universal, o cenário para 2025 aponta para um esfriamento no ritmo de desenvolvimento das maiores economias do mundo, o que traz qualquer ponto de refrigério para a inflação por cá também.
- No entanto, desde a última semana, o acirramento da guerra deflagrada entre Israel e Irã elevou os preços do petróleo, que pode exercitar uma novidade pressão sobre os preços, oferecido que a matéria-prima é base de muitas indústrias e guia o preço de combustíveis. Será preciso seguir a evolução desse cenário, mormente o potencial envolvimento do tropa americano, que espalharia o conflito por regiões produtoras de petróleo no Oriente Médio.
As últimas edições do Boletim Focus mostraram redução das perspectivas para a inflação no termo deste ano. Nesse pausa de murado de 40 dias, a previsão dos economistas ouvidos pelo Focus para o IPCA de 2025 saiu de 5,53% para 5,25%. Para 2026, as estimativas para a inflação seguiram praticamente estacionadas em 4,5%.
Lembrando que a meta de inflação do BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para grave. Ou seja, de convenção com as expectativas, o IPCA deste ano ainda deve estourar o teto em mais de 1 ponto, e, para 2026, a inflação estaria no limite da margem de tolerância.
O principal ponto de descompressão foi cambial, com recuo de quase 11% do dólar diante de o real desde o início de 2025. Porquê boa segmento da cárcere produtiva é impactada, direta ou indiretamente, pelo dólar, o prostração da moeda americana reduz os custos das empresas e, consequentemente, de produtos e serviços.
Com os esforços do governo americano para enfraquecer o dólar globalmente e, mais recentemente, a valorização do petróleo, o câmbio adotou uma trajetória baixista sustentada deixou de ser um ponto de pressão inflacionária.
Graças a essa reversão de cenário (majoritariamente extrínseco), segmento dos ânimos arrefeceu. A contenção do cenário de desancoragem das expectativas já provocou correções nas estimativas do mercado financeiro para a Selic.
A inflação vem perdendo fôlego de forma expressiva, porquê mostrou a última leitura do IPCA, que avançou 0,26% em maio em relação a abril (de 0,42%), praticamente em traço com as estimativas de economistas consultados pelo Valor Data. Embora tenha desacelerado na base mensal, em 12 meses, o ritmo de escalada dos preços é de 5,32%, supra dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Confira o enviado na íntegra
O envolvente extrínseco mantém-se contrário e particularmente incerto em função da ensejo e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas mercantil e fiscal e de seus respectivos efeitos. Aliás, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por segmento de países emergentes em envolvente de acirramento da tensão geopolítica.
Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado qualquer dinamismo, mas observa-se certa moderação no desenvolvimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação enxurrada e as medidas subjacentes mantiveram-se supra da meta para a inflação.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores supra da meta, situando-se em 5,2% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência.
Os riscos para a inflação, tanto de subida quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Entre os riscos de subida para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do resultado mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação; (ii) uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de negócio e de um cenário de maior incerteza; e (iii) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.
O Comitê segue acompanhando com atenção porquê os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para confirmar a convergência da inflação à meta em envolvente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.
O Copom decidiu solevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15,00% a.a., e entende que essa decisão é comportável com a estratégia de convergência da inflação para o volta da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de confirmar a firmeza de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno trabalho.
Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de subida de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e logo calcular se o nível manante da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para confirmar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue favorável.
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