A Selic sobe quanto na semana que vem? Veja o que diz Galípolo
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Às vésperas de mais uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima semana, as apostas do mercado indicam um último proclamação de aumento da taxa básica de juros, a Selic. Depois, na reunião seguinte, que acontece em junho, a instrumento Termômetro do Copom, do Valor Investe, aponta para uma pausa no ciclo de altas dos juros.
- Na sexta-feira (25), última data de aferimento, as chances de a Selic subir 0,5 ponto no próximo dia 7 eram de 62%, enquanto a verosimilhança de uma subida de 0,25 ponto era de unicamente 32%. Se confirmado, portanto, a taxa de juros, atualmente em 14,25%, vai para 14,75% ao ano.
- Para a reunião do dia 18 de junho, as apostas indicavam 59,5% de chances de manutenção da Selic. Outras 25,5% esperavam uma subida de 0,25 ponto, enquanto unicamente 9,5% do mercado atribuía um aumento de 0,5 ponto.
Em evento da J. Safra Asset nesta segunda-feira (28), o presidente do Banco Mediano (BC), Gabriel Galípolo, ressaltou que as principais mensagens contidas no enviado da decisão passada continuam valendo.
Entre os principais destaques, Galípolo citou a preocupação com a dinâmica inflacionária, que segue supra da meta, a defasagem dos efeitos da política monetária e a urgência de maior flexibilidade e cautela, diante do aumento das incertezas.
O dirigente do BC enfatizou que o Copom foi feliz na última informação e disse que o enviado e a ata da reunião de março “passaram muito” pelos últimos 40 dias.
“Acho que fomos felizes, também, na atualização do balanço de riscos em janeiro, que já sinalizava naquele momento um dos cenários”, disse, ao se referir à possibilidade de uma desaceleração mais poderoso da economia global em razão do choque de tarifas promovido por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Em relação à dinâmica de juros, Galípolo voltou a falar sobre a urgência de ter cautela para mourejar com o aumento das incertezas globais e disse, mais uma vez, que as expectativas inflacionárias ainda demandam vigilância por segmento do Banco Mediano.
“Precisamos ter a certeza de que a inflação está convergindo e a política monetária está tendo os efeitos desejados”, disse o dirigente ao declarar que é preciso “dar o devido tempo” para sentir os reais efeitos dos últimos aumentos da Selic.
Para Galípolo, existe atualmente um descompasso entre a política monetária do Brasil e o mundo, “muito em função do comportamento doméstico, de uma economia que segue mostrando resiliência e um dinamismo maior”.
No que diz reverência à guerra mercantil entre Estados Unidos e China, o presidente do BC destacou algumas vantagens do Brasil, porquê a possibilidade de lucrar mais espaço do ponto de vista da exportação de commodities.
Galípolo também ressaltou que o país tem uma subordinação menor das exportações e um maior “driver” da economia doméstica para prolongamento, além de ter uma diversificação grande de parceiros comerciais, segurança fomentar e energética.
*Com informações do Valor PRO, plataforma de notícias em tempo real do Valor Econômico.
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