Ação da MRV (MRVE3) opera em possante subida mesmo posteriormente números operacionais mistos
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As ações da MRV (MRVE3) operaram em possante subida e figuraram entre as maiores altas do pregão desta quarta-feira (16), mesmo posteriormente a construtora reportar números operacionais mistos no primeiro trimestre, na avaliação de analistas do mercado.
Os papéis encerraram o dia com ganhos de 2,8%, cotados a R$ 5,11.
Os lançamentos do segmento de incorporação do grupo MRV&Co, que reúne as operações de MRV e Sensia, cresceram 81,2%, para R$ 2,89 bilhões, na conferência com o mesmo período de 2024.
As vendas totais do segmento de incorporação, por sua vez, somaram R$ 2,17 bilhões, subida de 1,7%, com progressão de 4,3% do tíquete médio, para R$ 259 milénio. Por outro lado, a velocidade de vendas dos lançamentos por módulos ficou em 25%, queda de 8,1 pontos percentuais no ano.
A geração de caixa ajustada da MRV&Co ficou negativa em R$ 48,3 milhões no término de março, contra saldo positivo de R$ 24,8 milhões no primeiro trimestre do ano pretérito.
A empresa apresentou, na sua unidade de incorporação vernáculo, queima de caixa de R$ 125,2 milhões, comparável a R$ 372,7 milhões de queima no início de 2024. Também houve queima de caixa na Resia, a operação americana, que subiu de US$ 53,8 milhões para US$ 59 milhões no primeiro trimestre deste ano.
Segundo o Itaú BBA, a prévia operacional da MRV marca o retorno da queima de caixa da construtora no primeiro trimestre, posteriormente a empresa registrar a primeira geração de caixa em anos no trimestre anterior. Secção desse resultado, avalia o banco, pode ser atribuído à queima de caixa na operação Resia, impulsionada principalmente pela realização de obras.
Para a XP, embora o aumento significativo nos lançamentos mostre os esforços da construtora em impulsionar o incremento operacional, essa tendência é ofuscada por alguns fatores, uma vez que: níveis de velocidade de venda aquém da média dos últimos trimestres, volatilidade no cenário de recuperação da geração de caixa no Brasil; e queima de caixa elevada da Resia.
Apesar dos números mistos, a reação positiva das ações da MRV pode ser endereçada por falas otimistas de diretores da empresa.
O diretor mercantil da construtora, Thiago Ely, afirmou, durante evento com investidores nesta quarta-feira, que a empresa projeta um aumento de 17,5% nos lançamentos no segmento de incorporação vernáculo em 2025.
Já Ricardo Paixão, diretor financeiro da MRV, apresentou as projeções da companhia para o ano, com expectativa de geração de caixa de R$ 2,1 bilhões na holding MRV&Co. Somente na Resia é esperada uma geração de caixa de US$ 270 milhões. Na incorporação vernáculo, a geração é estimada em R$ 500 milhões a R$ 700 milhões em 2025.
Para a incorporação vernáculo, a empresa projeta um lucro líquido de R$ 650 milhões a R$ 750 milhões em 2025, na presença de prejuízo de R$ 100,5 milhões em 2024. Já a dívida líquida deve permanecer em R$ 1,69 bilhão neste ano, queda de 26% sobre o final do ano pretérito.
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