Ações da Minerva (BEEF3) tombam depois divulgação de resultados do 3º tri

• Pequenas em tamanho, grandes em potencial: ‘small caps’ dos EUA podem lucrar com namoro de juros

O resultado operacional foi recorde no terceiro trimestre deste ano, com lucro antes de juros, impostos, desfavor e amortização (Ebitda) de R$ 1,4 bilhão, o que representa um prolongamento de 70,8% na conferência com o mesmo período do ano pretérito. Já o lucro líquido de R$ 120 milhões mostrou aumento de 27,6% na mesma conferência.

Na avaliação da Monte Indómito Corretora, que possui recomendação neutra para o papel, os números vieram marginalmente em risco com as projeções do mercado, que eram bastante otimistas. A Monte Indómito avalia que a geração de caixa no trimestrefoi bastante robusta e ajudou a companhia a aligeirar o processo de desalavancagem e que esperava uma reação positiva em relação aos papéis hoje, o que não acontece até o momento.

Em relação aos dados operacionais, boa secção do prolongamento da receita veio da melhor performance nos mercados de exportação. A corretora comenta que o processo de desestocagem nos EUA — a companhia aumentou bastante seus estoques no país antes da ingresso em vigor das tarifas — foi bastante apressurado, o que ajuda a explicar secção relevante da geração de caixa (R$ 1,6 bi).

No entanto, as margens brutas da companhia sofreram. “Apesar do potente repasse de preços, eles não foram suficiente para balancear totalmente a subida no preço da arroba do boi”, diz o relatório da moradia, complementando que a integração das vegetação adquiridas da Marfrig está finalizado e que a companhia “agora foca em extrair todas as sinergias e aumentar os níveis de eficiências das operações”.

“Esperávamos que a companhia tivesse aproveitado o ciclo positivo de mancheia para aumentar de maneira considerável a remuneração dos acionistas, mas — a partir de uma oportunidade de mercado — a companhia decidiu por aumentar de maneira relevante sua presença (obtenção das vegetação da Marfrig), o que agora tem gerado bons resultados”, diz a Monte Indómito.

Já a XP, que possui recomendação de compra para o ativo com avaliação de “Top Pick” (melhores escolhas), comenta que o resultado é digno de “pendurar na parede”, impulsionado principalmente por maior liberação de estoque, maior liberação de fornecedores, de capital de giro atribuída a avanços relacionados às operações de mesocarpo bovina e trading de força.

“Considerando a perspectiva para o quarto trimestre (demanda doméstica e externa sólida, lembrando do estoque não vendido de mesocarpo nos EUA, preços do mancheia inferior do esperado), vemos espaço suficiente para um fluxo de caixa livre na moradia de dígitos altos, com potente pagamento de dividendos”, aponta o relatório da XP.

João Abdouni, comentador da Levante Inside Corp, opina que mesmo em um cenário macroeconômico reptador e diante de tensões comerciais em mercados estratégicos — porquê os Estados Unidos —, a companhia “segue demonstrando capacidade de realização e evolução operacional” e que a integração dos novos ativos continua “gerando ganhos de eficiência e ampliando a competitividade da companhia”.

Se foi bom, o que explica a queda?

Segundo Felipe Sant’Anna, perito em investimentos do grupo Axia Investing, não há nenhum número que não seja positivo no balanço ou vestuário relevante que justifique a queda do papel. Ele explica, todavia, que a ação teve potente subida a partir de agosto, com progresso de quase 60% e que hoje o papel pode estar passando por realizações.

Alguns analistas, diz Sant’Anna, entendem que secção do lucro que a Minerva teve nesse trimestre pode não ser recorrente para o trimestre que vem, mostrando uma verosímil estabilização das receitas e dos lucros para inferior. “Uma vez que o investidor já está com bastante lucro, ele realiza na projeção de uma leitura menor para o próximo trimestre”, detalha.