Ações de bancos e construtoras devem surfar no novo crédito imobiliário; veja quais
O novo padrão de crédito imobiliário anunciado pelo governo federalista na última sexta-feira deve beneficiar uma série de companhias listadas na bolsa, segundo relatório do Bank of America e do BTG Pactual. O novo programa elimina gradualmente o limite compulsório de recursos da poupança gradualmente , o que deve expandir a originação de crédito imobiliário do Brasil, beneficiando ações da Caixa Seguridade (CXSE3), bancos e construtoras.
O novo padrão altera as regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) da seguinte forma:
- Limite de valor sumo de imóvel financiável pelo SFH sobe de de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões;
- Repositório compulsório da poupança pelos bancos no BC cai de 20% para 15%, e será eliminado até 2027;
- Risca de crédito de R$ 5 milénio a R$ 30 milénio para reformar casas;
- Caixa Econômica Federalista volta a financiar 80% da compra de imóvel.
As mudanças sinalizam sinal virente para empresas da bolsa de valores. Segundo o Bank of America, alguns bancos incumbentes podem tirar proveito da medida para expandir o totalidade da carteira de crédito que vai para o setor imobiliário.
Em relatório, o banco americano afirma que o limite da taxa de juros a 12% ao ano em financiamentos feitos pela Caixa não leva os principais bancos privados do país a perderem competitividade no mercado, já que a maioria oferece suas linhas a juros menores. A própria Caixa tem um rendimento médio de 7,6% para esse tipo de operação, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) tem taxa média de 8,8%.
Bancos incumbentes nesse sentido, uma vez que Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) devem ser os principais beneficiados pela medida, pondera o BofA. Entre as fintechs, o Banco Inter deve aproveitar para surfar as novas regras.
“Já na Caixa Seguridade (CXSE3), esperamos que a medida traga um aumento no prêmio na escrituração de seguros”, comenta Mario Pierry, crítico do BofA.
O BTG Pactual acredita que o novo padrão de crédito imobiliário será positivo às construtoras de basta e médio padrão. “Consideramos o proclamação de sexta-feira positivo, pois aborda estruturalmente a baixa atratividade das contas poupança no Brasil”, diz Gustavo Cambauva, crítico da instituição.
O novo sistema de financiamento proporciona “qualquer refrigério” no crédito ao setor em meio ao impacto da Selic a 15% ao ano. Também acreditamos que traz benefícios marginalmente maiores para o segmento de média renda, que tem sido um grande duelo para as construtoras expostas a ele”, reafirma o BTG.
Publicar comentário