Ações de Petrobras (PETR4) e pares sobem em bloco embaladas pela disparada do petróleo
Commodity voltou a ultrapassar a barreira dos US$ 80 pela primeira vez desde julho do ano passado As ações das petroleiras brasileiras avançam nesta sexta (10) embaladas pela disparada do petróleo. Perto das 12h, o papel preferencial (com preferência por dividendos e sem direito a voto em assembleias) da Petrobras, a maior companhia do setor no Brasil, avançava 1,63%, a R$ 37,44, enquanto o ordinário (com direito a voto em assembleias) subia 2,23%, a R$ 41,63.
As juniores – como são chamadas as petroleiras privadas no Brasil, que têm operações menores – também acompanhavam o movimento da commodity. No mesmo horário, a ação da Prio tinha alta de 3,88%, a R$ 43,59; a Brava Energia subia 1,63%, a R$ 24,89; e a Petroreconcavo, 0,61%, a R$ 16,50.
Naquele momento, o contrato do barril de Brent (referência mundial) para março disparava 4,15%, a US$ 80,11. A commodity voltou a ultrapassar a barreira dos US$ 80 pela primeira vez desde julho do ano passado.
A disparada do petróleo hoje está associada ao potencial aumento de sanções dos Estados Unidos à Rússia e ao Irã, que podem retirar oferta da commodity de energia do mercado.
Segundo autoridades americanas, o presidente Joe Biden deve divulgar sanções contra a economia russa nos próximos dias com o objetivo de ajudar a Ucrânia, e o petróleo seria um dos alvos.
Caso isso aconteça, petróleo de outros países produtores seriam mais demandados, o que pressionaria os preços para um aumento.
Os rumores aparecem durante o período de inverno do Hemisfério Norte, quando o frio intensificado aumenta o consumo de energia e de derivados do petróleo em países europeus e nos EUA.
Limitação da alta
O movimento de alguns papéis de petroleiras é limitado pelo noticiário de negócios. Na noite de ontem, a PetroReconcavo divulgou dados da sua produção em dezembro, considerados negativos pela XP. A equipe de analistas afirma que o crescimento de apenas 1,8% sobre novembro veio abaixo do que era o esperado pelo mercado.
“Espera-se que a queda nos preços do Brent tenha um impacto negativo nas linhas de receita e Ebitda [lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização] denominadas em dólares, a depreciação cambial proporcionará algum alívio na visão em reais”, comenta a corretora.
Na última quarta-feira, os números de produção da Prio também desagradaram analistas de maneira geral. O BTG, no entanto, considera que as ações da companhia estão em um patamar de preço atrativo após a queda “exagerada” em 2024.
Os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez, do BTG, escrevem que os papéis da Prio caíram 31% em 2024, pressionados pela queda nos preços do petróleo e também pelos percalços operacionais que a empresa enfrentou.
No entanto, acreditam que a integração do Campo de Peregrino e a perspectiva de avanços no desenvolvimento do Campo de Wahoo devem impulsionar a produção e a geração de caixa em dólar da empresa neste ano de 2025
“Ainda não a colocamos como nossa preferência no setor de petróleo e gás porque há baixa visibilidade de quando serão emitidas as autorizações ambientais do Ibama”, afirma o banco.
Mesmo assim, eles calculam que a exposição direta ao dólar e aos preços do petróleo criam boas oportunidades para investidores, notando que a geração de caixa da Prio deve aumentar substancialmente nos próximos três anos.
Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
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