Ações de petrolíferas têm possante oscilação em meio à volatilidade do petróleo

Os papéis preferenciais (PETR4) da Petrobras caíram 2,5%, e os ordinários (PETR3) perderam 2,8%.

As ações da Prio (PRIO3), que chegaram a valorizar mais de 1% recuaram 0,7%. Petroreconcavo (RECV3) caiu 2,3% e Brava (BRAV3) também cedeu 2,3%.

No mercado internacional, os preços do petróleo despencaram, em um movimento muito dissemelhante daquele visto na noite de domingo. O tipo Brent, referência global de preços, derreteu 7,2%, a US$ 71,48 o barril.

Ontem, o Brent subiu mais de 5%, chegando a US$ 81, e o WTI, referência americana, também atingiu seus níveis mais altos desde janeiro.

Apesar do risco de o Irã interromper o fornecimento de petróleo do Oriente Médio, “o mercado está precificando um cenário em que as coisas se acalmem gradualmente”, disse Jorge Leon, patrão de estudo geopolítica da Rystad Energy, ao programa “Worldwide Exchange” da CNBC nesta segunda.

No sábado, o presidente Donald Trump surpreendeu os mercados ao entrar diretamente no conflito Irã-Israel, lançando ataques contra três instalações nucleares iranianas em Fordo, Natanz e Isfahan.

Os investidores agora aguardavam para ver uma vez que o Irã responderá aos ataques sem precedentes dos Estados Unidos. Por enquanto, o mercado parece estar apostando que Teerã não interromperá o fornecimento de petróleo bruto, pois isso provavelmente provocaria uma resposta significativa dos americanos, o que poderia colocar o regime em risco.

Mas o ministro das Relações Exteriores do Irã disse no domingo que a República Islâmica suplente “todas as opções” para tutelar sua soberania.

No início da tarde, o Irã lançou mísseis contra bases militares dos EUA no Oriente Médio.

“O preocupante é que o outro cenário extremo, em que há uma prenúncio de fechamento do Estreito de Ormuz, ainda é realista”, disse Leon. “As coisas podem piorar muito, muito rapidamente.”