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Natalício de SP: Quanto custa viver na cidade mais faceta do Brasil?

Natalício de SP: Quanto custa viver na cidade mais faceta do Brasil?

Natalício de SP: Quanto custa viver na cidade mais faceta do Brasil?

Natalício de SP: Quanto custa viver na cidade mais faceta do Brasil?

Esta senhora chamada cidade de São Paulo, aniversariante deste sábado (25), ficou conhecida por muitas coisas grandiosas em seus de 471 anos. Por ser uma espécie de esquina do Brasil e do mundo, tendo gente de tudo quanto é lugar. Por fazer todos os climas possíveis num só dia. Por se trabalhar de sol a sol, de lua a lua, sete dias por semanas, 24 horas por dia. E por mais uma coisa, entre umas mais e outras menos louváveis: a de cidade com maior dispêndio de vida do Brasil.

Algumas das famas de São Paulo são carregadas de controvérsias e exageros. Mas, de vestuário, a grinalda de cidade mais faceta lhe cabe muito, São Paulo… Parabéns a você!

De convénio com o Expatistan, banco de dados colaborativo sobre dispêndio de vida que reúne dados de diversas cidades do mundo, São Paulo é a cidade com maior dispêndio de vida do Brasil, com gasto médio mensal estimado por pessoa de R$ 8.043 (um número, simples, distorcido pela desigualdade de salários exorbitantes e paupérrimos espalhados pela cidade).

Já de convénio com o Dieese, o salário mínimo suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com o fundamental na cidade de São Paulo foi de R$ 7.067,68 em dezembro de 2024cinco vezes o salário mínimo vigente do ano pretérito, de R$ 1.412. O oferecido é calculado com base na cesta mais faceta do país, que foi a da capital paulista.

Enquanto isso, segundo dados do IBGE, o rendimento médio do trabalhador de São Paulo foi de R$ 4.537 no último trimestre de 2024. Comparando com outras localidades, o valor fica inferior do rendimento do Província Federalista (R$ 5.225), mas na frente do Rio de Janeiro (R$ 3.922), por exemplo.

Mas se o rendimento médio em São Paulo é maior do que em outras regiões, também se paga mais em algumas despesas. Veja inferior alguns dos gastos que aumentam esse dispêndio de vida.

Talvez o primeiro susto para quem vem de outras capitais é o dispêndio da moradia em São Paulo, porquê foi para Lucas Rikelme, exegeta de estratégia e gestão. Oriundo de João Pessoa (PB), Rikelme se mudou há 7 meses para a cidade por uma oportunidade de trabalho. Para ele, o dispêndio do aluguel, feira mensal e transporte por aplicativo foram os que mais sentiu tarar no orçamento depois a mudança.

“Eu moro em uma pensão com um quarto de 10 metros quadrados aproximadamente, sem luxo qualquer, leito de solteiro, e eu pago R$1.750. Os preços do mercado também são um pouco mais altos, mas isso compensa, de patente modo, com a remuneração. Cá a média salarial é mais subida, mas os custos de vida e a qualidade de vida em si encarecem um pouco isso”, avalia.

Outrossim, Rikelme ressalta que os gastos com transporte, com os valores das passagens de ônibus e metrô, além das tarifas em transportes por aplicativo, tornam o dispêndio de vida ainda maior. “Quando você faz os cálculos [do custo de vida e dos ganhos], dá eles por eles. Mas acredito que, ainda assim, se torne vantajoso porque cá é onde tudo acontece referente ao trabalho. Você tem uma projeção maior para novas oportunidades e assim vai crescendo”, diz.

Segundo o Índice Fipezap, entre capitais, São Paulo lidera com o posto de aluguel mais dispendioso do país, com preço médio de R$ 57,59 por m². Veja a tábua:

Preço médio da locação de imóveis residenciais

Capital Preço médio m²
1. São Paulo R$ 57,59
2. Rio de Janeiro R$ 48,81
3. Brasília R$ 46,80
4. Salvador R$ 44,22
5. Porto Jubiloso R$ 40,00

Mas esse dispêndio pode ser ainda maior a depender do bairro escolhido para morar. Segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, referente ao mês de dezembro do ano pretérito, a Vila Olímpia foi o bairro com o maior preço médio do metro quadrângulo: R$ 100,60. Na sequência, Vila Novidade Conceição (R$ 98,20) e o Brooklyn (R$ 94,60).

A cesta básica da capital paulista foi a mais faceta do país em 2024. Em dezembro do ano pretérito, o dispêndio era de R$ 841,29, de convénio com dados da Pesquisa Pátrio da Cesta Básica de Vitualhas, feita pelo Dieese. A capital teve a terceira maior elevação acumulada do ano (10,55%), ficando detrás somente de João Pessoa (11,91%) e Natal (11,02%).

E para quem deseja consumir fora, o preço médio do self-service por quilo, que em junho estava em R$ 80,88, passou para R$ 83,14 em outubro do ano pretérito, uma variação de 2,79%. Os dados são do Procon-SP.

As escolas mais caras do país também estão em São Paulo. Segundo levantamento anual da Forbes referente a 2024, a Avenue foi a líder do ranking, com mensalidades custando mais de R$ 14 milénio e matrícula R$ 28 milénio, referentes ao fundamental 2 e ensino médio. Em segundo lugar, também na capital paulista, a Graded, com mensalidade de quase R$ 11 milénio para o fundamental 2 e quase R$ 14 milénio para o médio.

Se houver ainda a urgência de se locomover para ir ao trabalho, por exemplo, o dispêndio aumenta. Até o ano pretérito, as tarifas vigentes eram de R$ 5 e R$ 4,40 para metrô/trens e ônibus respectivamente, mas, com o reajuste em 6 de janeiro, o preço subiu para R$ 5,20 e R$ 5.

Para uma pessoa que trabalha em regime híbrido, indo ao escritório três vezes por semana usando metrô, por exemplo, esse dispêndio ficaria em torno de R$ 124,80 por mês.

A inflação na selva de pedra também impacta o dispêndio de vida de formas diferentes para quem é de subida ou de baixa renda. Em 2024, a inflação na cidade — medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Instauração Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) — foi de 4,68%, contra 3,15% no mesmo período do ano anterior. A subida no último ano foi puxada pela sustento e despesas pessoais, porquê recreação e cultura e artigos de higiene e formosura.

Mas o vilão desse aumento — a sustento — impacta de forma mais intensa as famílias de baixa renda, aponta Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe. Moreira explica que, enquanto em 2023 a inflação de mantimentos foi de 1,95%, no ano seguinte saltou para 8,03%.

“Apesar do progresso da inflação, há uma grande diferença no dispêndio de sustento e a sensação de inflação de mantimentos para as famílias de baixa renda é muito maior do que qualquer outra porque o grupo de mantimentos tem um peso muito grande no orçamento. Elas [essas famílias] gastam uma porcentagem maior dos salários delas com sustento”, explica.

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SO São Paulo SP 16/04/2020 – CORONAVIRUS / COVID-19. Movimentação de carros na principais vias da cidade de São Paulo. Marginal Pinheiros. Foto: Edilson Dantas / Agencia O Orbe — Foto: Edilson Dantas/Escritório O Orbe

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