Apesar de queda na sessão, Ibovespa fecha mês com subida de 1,45%

Neste mês, o principal índice de ações da bolsa brasileira chegou a superar os 140 milénio pontos, patamar nunca antes visto.

Entre os assuntos que repercutiram na sessão de hoje, mais uma vez o aumento nas tensões entre Estados Unidos e China. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu nesta sexta em publicação em sua rede social que a China “violou completamente” o convénio firmado com os EUA há pouco mais de duas semanas em Genebra, na Suíça, onde os dois países concordaram em reduzir as tarifas por 90 dias.

“Duas semanas detrás, a China estava em grave transe econômico! As elevadas tarifas que estabeleci tornaram virtualmente impossível para a China fazer negócios no mercado dos EUA, que é, de longe, o número um do mundo. Nós rompemos, efetivamente, de forma radical com a China, e isso foi devastador para eles. Muitas fábricas fecharam e houve, para expor o mínimo, ‘alvoroço social’”, escreveu o presidente americano.

Ele afirmou que, em seguida a realização do convénio, tudo teria “se estabilizado rapidamente” e a China “voltou ao funcionamento normal”.

Porém, sem entrar em detalhes, Trump declarou que Pequim, “sem surpresa para alguns, violou completamente o convénio conosco [EUA]”. “Adeus ao papel de bonzinho”, escreveu o presidente dos EUA ao final de sua mensagem.

No entanto, na tarde de hoje, durante coletiva à prensa que formalizou a saída de Elon Musk de seu governo, Trump afirmou querer conversar com Xi Jinping, sobre a “violação” do convénio formalizado em Genebra entre os dois países.

“Eles violaram a maior segmento do convénio que fizemos, mas tenho certeza de que vou conversar com o presidente Xi, e espero que possamos resolver isso”, disse o presidente dos EUA.

Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), o indicador preposto do Federalista Reserve (Fed, banco medial americano) para transporte de política monetária, subiu 0,1% em abril, dentro do esperado pelo consenso de analistas.

O PCE ajuda o mercado a calibrar as expectativas para os juros, sobretudo em um momento no qual o Fed já demonstrou preocupação com o rumo da inflação diante da política tarifária implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Cabe lembrar que, em seguida o Tribunal de Transacção Internacional suspender a maior segmento das tarifas impostas por Trump na noite da última quarta-feira, o governo republicano conseguiu, na tarde de ontem, a licença de uma liminar que permitiu que as taxas permaneçam em vigor até a próxima semana.

A notícia adiciona uma novidade rodada de incertezas em um mercado já instável, pressionado por preocupações ligadas às tarifas e pelo receio de que o padrão de governança de Trump possa levar a maior economia do mundo à recessão.

No cenário lugar, o PIB brasílico avançou 1,4% no primeiro trimestre deste ano, levemente aquém das expectativas coletadas pelo Valor Data, de subida de 1,5% no período. Entre os destaques, o setor agropecuário cresceu 12,2% nos três primeiros meses do ano.

Em universal, quando somados aos números do mercado de trabalho do Brasil divulgados ao longo desta semana, os dados reforçam a resiliência da economia doméstica e indicam que a taxa básica de juros, a Selic, pode permanecer elevada por mais tempo do que o esperado.

A taxa de desemprego do país caiu para 6,6% no trimestre traste até abril, em confrontação com os 7% registrados no primeiro trimestre do ano. O resultado ficou aquém das estimativas.

Em paralelo ao inferior desemprego, os números de geração de novos postos de trabalho em abril vieram muito supra do esperado pelo mercado. Para se ter uma teoria, o Brasil criou 257 milénio vagas, contra uma estimativa de 170 milénio.

Além de o mercado de trabalho continuar sólido, o trabalho totalidade continua a crescer, com destaque nas categorias formais. Os salários reais também têm avançado de forma consistente.

Essa dinâmica, por si só, sugere que a atividade doméstica permanece resiliente, o que pode trazer uma novidade rodada de preocupações em torno do aumento de preços, em próprio no que diz saudação à inflação de serviços.