Aplicações nos fundos recuam e resgates são puxados pela previdência

No reunido do ano, os aportes somam R$ 165,8 bilhões. Entraram R$ 18,7 bilhões nos fundos de renda fixa no mês pretérito, em um momento em os juros estão em 15% ao ano, o maior nível desde 2006. Os cotistas estão investindo nesses produtos para surfar nos juros altos. Porém, as aplicações nesses fundos foram muito menores do que os R$ 52,5 bilhões do mês pretérito.

Os cotistas investiram também R$ 1,5 bilhão nos fundos multimercados, R$ 1,1 bilhão nos Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e R$ 789 milhões nos ETFs (fundos comprados em bolsa que acompanham um indicador de mercado), além de R$ 351 milhões nos Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) e R$ 110 milhões nos fundos cambiais.

“A decisão do Copom de manter a Selic elevada continua favorecendo os fundos de renda fixa. Ao mesmo tempo, a percepção de que o ciclo de subida dos juros terminou e que as reduções podem estar mais perto estimulam a recuperação de fundos mais arrojados, uma vez que os multimercados”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima.

Já os fundos de previdência lideraram os resgates, que somaram R$ 4,5 bilhões nesses produtos em outubro. Os cotistas retiraram também R$ 2,1 bilhões dos fundos de ações, apesar do Ibovespa espancar um recorde detrás do outro, além de R$ 2 bilhões dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs).