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Apostas, Bets, Jogos, Cassinos Online e a procura do pão no circo

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A frase “Panem et Circenses” foi cunhada pelo poeta Juvenal (c. 60–140 d.C.), em sua obra “Sátiras”, criticando porquê o povo romano por admitir renunciar a sua participação política em troca de benefícios superficiais. Esta sátira se baseava estratégia pela política adotada na Roma Antiga (tanto na República quanto no Predomínio) para manter a população satisfeita e evitar revoltas, fornecendo víveres gratuitos e entretenimento.

Ao que parece, a única mudança para nossa sociedade hoje em dia é o indumentária de segmento da população ter começado a buscar o comida, dentro do circo, do circo das bets.

Não há discussão técnica nos campos da Psicologia e da Psiquiatria sobre os impulsos que levam as pessoas se se viciarem em apostas sobre jogos. Muito menos sobre suas consequências psíquicas e físicas. Também não há discussão sobre as consequências no paisagem financeiro para os indivíduos e famílias. Por termo, os efeitos sobre políticas públicas neste país ainda não foram discutidos a sério.

Não obstante, entendo caber trazermos ao papel determinados pontos relevantes porquê inferior.

  • Probabilidades: O sistema é construído matematicamente para que a moradia de apostas SEMPRE ganhe em qualquer situação. As chamadas “odds” são calibradas a todo momento de congraçamento com o volume financeiro apostado em cada provável resultado e de congraçamento com o curso da partida.
  • Influência de vieses cognitivos: Dois vieses comuns em apostadores compulsivos são: (a) “ilusão de controle”, onde a crença exagerada de que seu conhecimento ou estratégias aumentam as chances de vitória e, (b), a “falácia do jogador”, em que se presume (incorretamente) que resultados passados influenciam resultados futuros de eventos aleatórios. Ambos os vieses alimentam o excesso de crédito, levando a apostas cada vez maiores e à persistência no jogo mesmo posteriormente perdas, na expectativa de uma viradela garantida.
  • Dívidas: Uma pesquisa do Instituto Locomotiva indicou que 86% dos apostadores acabam endividados e isso ocorre não só pela perda dos montantes apostados, mas anterior a isso, pelas dívidas assumidas para conseguir verba para apostar. Estimativas nos EUA indicam que homens com subordinação em jogo acumulam em média US$ 55–90 milénio (R$ 285 a 520 milénio) em dívidas, enquanto mulheres acumulam murado de US$ 15 milénio (R$ 85 milénio). Em casos extremos, mais de 20% dos apostadores compulsivos acabam declarando falência pessoal devido às perdas. Ou por outra, a procura por fundos para continuar jogando leva a medidas desesperadas – porquê empréstimos sucessivos, uso excessivo de crédito (90% recorrem a adiantamentos no cartão) – agravando o lesma de dívidas e comprometendo a firmeza financeira a longo prazo.
  • Rescisão de Bens: os indivíduos endividados precisam se desfazer de bens porquê verba líquido e até imóveis para saldar suas dívidas afetando não só a si mesmos porquê seu entorno familiar, pois o verba perdido no jogo é retirado do orçamento doméstico, prejudicando o pagamento de contas básicas e gerando instabilidade financeira para cônjuges e filhos.
  1. Volume de apostas: Os brasileiros destinaram R$ 240 bilhões às bets em 2024.
  2. De congraçamento com um estudo divulgado pela Confederação Vernáculo do Transacção de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor varejista brasílico deixou de faturar R$ 103 bilhões em 2024 devido ao redirecionamento de recursos das famílias para as bets.
  3. Inadimplência: Aproximadamente 1,8 milhão de brasileiros tornaram-se inadimplentes devido às apostas, afetando principalmente famílias de menor renda.

2. Aspectos Culturais e Regulatórios

  • Influência das propagandas: Campanhas publicitárias com celebridades, atletas e até menores de idade atraem apostadores. Não há uma regulamentação que obrigue a fiscalização das cláusulas contratuais destes influenciados com as empresas e estes influenciadores estão recebendo propostas financeiras significativas para promover sites de apostas, elevando os valores médios praticados no mercado de publicidade do dedo. Essa promoção irresponsável alimenta apostas inconsequentes e o vício, contribuindo para perdas financeiras e problemas emocionais nos jogadores influenciados. As medidas anunciadas pelo governo que proíbem publicidade de apostas que associe o jogo a sucesso social ou melhoria financeira, ou que sugira possuir métodos infalíveis para lucrar ainda serão testadas.
  • Falta de transparência sobre os Riscos: os conteúdos patrocinados não trazem os devidos disclaimers porquê no caso da indústria de fumo, por exemplo.
  • Políticas Públicas: A falta de regulamentação específica para a publicidade de apostas online levanta debates sobre a urgência de políticas públicas que protejam os consumidores, principalmente os mais jovens e vulneráveis. Essas políticas custam custoso pois nascente é um problema de ordem pública e acarreta encargos porquê aumento da demanda por serviços de saúde e assistência (para tratar viciados e suas famílias), maior incidência de crimes financeiros, e até impacto no crédito – já que falências e inadimplência elevam o dispêndio do crédito na economia. Só nos EUA, estima-se em US$ 14 bilhões/ano (R$ 85 bilhões/ano) os custos sociais do jogo, somando gastos com saúde, sistema judicial, perdas de produtividade, assistência social e outros efeitos indiretos.
  • Regulação: Debates sérios sobre publicidade, tributação, controles de perfis, esquemas de match-fixing (que zero mais é do que a prática de manipulação de resultados esportivos) e tipificação criminal são urgentes.

3. Aspectos Psicológicos

Vício: o vício em si, gerado pela urgência de Dopamina, pode levar à subordinação patológica e comportamento criminoso. Nos EUA, murado de 2 milhões de adultos preenchem critérios de jogo problemático a cada ano. Estudos também indicam que indivíduos impulsivos (principalmente homens jovens) têm maior propensão a desenvolver problemas com apostas esportivas, muitas vezes junto a outros transtornos aditivos.

Saúde Mental: O ato de apostar ativa fortes emoções: a oscilação entre ganhos e perdas pode gerar euforia seguida de frustração, levando a instabilidade emocional. Exemplos de impactos na saúde mental são a depressão, impaciência e até mesmo pensamentos suicidas (estudos publicados na revista da associação americana de psicologia, em 2024, e realizados por pesquisadores da Noruega, da Suíça e do Reino Uno, indicam que um em cada três jogadores compulsivos sofre com ideação suicida). Ou por outra, muitos jogadores compulsivos se isolam socialmente por vergonha ou culpa, e negligenciam responsabilidades pessoais e profissionais devido ao tempo e foco gastos em apostas e com isso, as relações familiares sofrem: conflitos, perda de crédito e até casos de separação estão ligados ao impacto psicológico do vício em jogo.

Crimes: Há relatos de ambulatórios de vícios no Brasil que atestam que 50% dos viciados em jogos e apostas cometeram qualquer tipo de ato ilícito, com a maioria envolvida em roubo ou fraude.

Todos estes aspectos já estão amplamente divulgados na prensa lugar, mesmo que de forma difusa. Meu objetivo com esta compilação era exclusivamente invocar a atenção do leitor atenção para o tema. Uma vez que escrevi supra, estamos isso é uma questão de ordem pública e precisamos buscar um estabilidade entre a liberdade de mercado, a responsabilidade social e a proteção dos cidadãos, em peculiar os mais vulneráveis, ou acabaremos com uma boa segmento da sociedade indo buscar o pão no circo.

Hugo Daniel Azevedo é consultor de investimentos e sócio da MFS Capital

e-mail: hd@mfscapital.com.br

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Hugo Daniel Azevedo — Foto: Arte/Valor

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