Apostas em governo Trump pró-cripto podem ir pelo ralo e preço do bitcoin estaciona

Entre os mais sensíveis estão os criptoativos, que dependem fundamentalmente dos rumos da macroeconomia global para manter a atratividade, não exclusivamente de promessas de ser um governo “cripto-friendly”.

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Nesse contexto, o efeito-Trump, que levou o bitcoin a renovar sucessivos recordes de preço, desde o início de sua campanha eleitoral até a posse efetiva, se tornou um freio na força compradora.

Nesta segunda-feira (10), a maior criptomoeda em valor de mercado opera ‘de lado’, frase utilizada pelos operadores para indicar segurança nos preços. Por volta de 18h30, o bitcoin era negociado a US$ 97.200, ligeira variação positiva de 2%, nas últimas 24h. A mínima do período foi de US$ 94.700 e a máxima de US$ 98.300, segundo a plataforma agregadora de dados Coingecko.

Na semana passada, no entanto, o mercado cripto passou longe da segurança, oscilando fortemente entre mínimas e máximas, em todas as regiões, uma vez que esse mercado não “fecha”, operando 24 horas, sete dias por semana.

Agora, aparentemente, os investidores estão mais comedidos em seguir as ações de Trump em relação aos pacotes de tarifas aplicados aos produtos importados pelos EUA, antes de alocar seus recursos no mercado cripto.

Por outro lado, a especulação fica mais evidente, com os day traders (investidores de curtíssimo prazo que operam apostando em altas e quedas em um mesmo dia) dando as cartas e podendo gerar mais volatilidade.

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Ana de Mattos, exegeta técnica e trader parceira da Ripio, plataforma de criptoativos que atua na América Latina, pontua que, desde o início do mês, o bitcoin tem sido negociado com tendência de queda e insignificante volume.

A estudo do gráfico de pequeno e médio prazos aponta suportes de baixa em US$ 94.100 e US$ 87.500.

Em caso de uma recuperação mais otimista, o bitcoin pode buscar se sustentar a US$ 102.200 e, no sumo, a US$ 104.645 – patamar muito inferior do recorde de US$ 109 milénio, registrado em dezembro.