Ata do Copom: cenário pedia juros maiores por um período prolongado
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O Banco Medial afirmou que o cenário atual pedia uma política monetária em patamar significativamente contracionista (ou seja, de juros elevados) por um período prolongado. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a poder monetária afirmou que se manterá “vigilante” e que os próximos passos em relação à Selic serão guiados pelo objetivo de trazer a inflação à meta. O BC ainda afirmou que o atual cenário de maior incerteza “aumentou riscos tanto de subida quanto de baixa para a inflação”.
O documento afirma que “a atividade seguia resiliente e com o mercado de trabalho pressionado“, o que levou o comitê a optar pela elevação de 0,5 ponto percentual, decisão que levou a Selic para 14,75% na semana passada, o maior patamar desde 2006. Segundo o expedido, o Copom “observou que as expectativas seguiam desancoradas e as projeções de inflação elevadas”.
As tais “expectativas desancoradas” e a Selic subida por mais tempo
Para quem não sabe, as “expectativas desancoradas” são as projeções da inflação distantes da meta perseguida pela poder monetária no chamado “horizonte relevante” da política monetária. Neste caso, 2025 em diante.
Essas expectativas importam por terem claro poder de autorrealização. Ao esperarem inflação mais subida lá na frente, produtores acabam remarcando preços para cima para se proteger da subida de custos. Já consumidores antecipam intenções de compra. E, na prática, essa inflação esperada mais subida pode terminar se materializando. Nesse cenário, se o BC afrouxa a política de juros, corre o risco de passar a sentimento de inflação ainda mais descontrolada no horizonte.
“Em envolvente de expectativas desacoradas, exige-se restrição monetária maior e por mais tempo”, afirmou o BC.
Ainda de pacto com o expedido, a desancorarem das expectativas de inflação é “um fator de desconforto generalidade a todos os membros do Comitê”. O Banco Medial afirmou que o Comitê “segue utilizando a política fiscal uma vez que insumo em sua estudo” e que “adotará uma transporte de política monetária apropriada”.
O Banco Medial também falou sobre o cenário extrínseco que, em sua visão, “mostra-se desconforme e particularmente incerto”, com o “choque de tarifas e o choque de incerteza”. Para a poder monetária, a maior incerteza global e os movimentos cambiais mais abruptos “exigem maior cautela na transporte da política monetária”.
O BC afirma que “por um lado, a economia doméstica parece menos afetada pelas recentes tarifas do que outros países”, mas por outro lado, ela é impactada pelo cenário mais desconforme mundialmente.
Apesar de declarar que o cenário-base do Comitê nas últimas reuniões já contemplava um aumento da incerteza e a deterioração do cenário de desenvolvimento global, a incerteza “se materializou muito mais do que o esperado”.
Mercado de trabalho poderoso e atividade resiliente
O Banco Medial voltou a ressaltar preocupações com a força da atividade, sustentada principalmente por dados de ocupação robustos. Segundo o expedido, “o mercado de trabalho tem oferecido bastante suporte ao consumo e à renda”.
“A inflexão no mercado de trabalho também é secção do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo”, afirma.
É importante ressaltar que, de um modo universal, quando o mercado de trabalho está mais aquecido, significa que as empresas estão contratando mais trabalhadores. Portanto, se elas estão demandando mais mão de obra, significa que elas também estão dispostas a remunerar salários nominais maiores para esses trabalhadores. E isso implica em maior dispêndio para as companhias. Esses custos, portanto, serão repassados nos preços dos produtos. E, assim, há mais inflação.
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