Atenção do investidor está na taxa de desemprego, em dia de liquidez menor

A taxa de desemprego deve renovar a mínima histórica nos três meses que terminaram em outubro, conforme a Pesquisa Pátrio por Modelo de Residência Contínua (Pnad Contínua). A mediana das 23 estimativas coletadas pelo Valor Data aponta queda a 5,5%. Nos trimestres encerrados em agosto e setembro, a taxa de desemprego continuou em 5,6%, que já era a mínima da série histórica que começou em 2012. As projeções variam entre 5,5% e 5,7%.

Já a mediana das projeções para a taxa de desocupação média em 2025 permaneceu em 6%, mesmo patamar de setembro. Nesse caso, as estimativas variam entre 5,9% e 6,1%.

Caso confirmado o desemprego menor, apesar de ser bom para os brasileiros que ganharão uma maior renda, o trabalho do Banco Meão de controlar a inflação pode permanecer mais difícil, porque cresce a pressão sobre os preços. Consequentemente, isso pode postergar a redução de juros pelo Banco Meão para março.

Ontem, porém, o Cadastro Universal de Empregados e Desempregados (Caged) apontou uma geração de empregos menor que a prevista, mas falas de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Meão, consideradas duras moderaram as projeções para a redução de juros. Ele afirmou que o desaquecimento da economia tem sido “bastante lento e gradual”. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Meão manteve a taxa Selic em 15% ao ano nos três encontros mais recentes.

Aliás, os investidores monitoram o novo projecto de negócios da Petrobras, divulgado na noite de ontem. A companhia cortou para US$ 109 bilhões os investimentos no período 2026-2030. O montante ficou 1,8% aquém dos US$ 111 bilhões estimados no projecto anterior, 2025-2029. A subtracção era esperada pelo mercado diante da queda das cotações do petróleo no mercado internacional, o que deixa a empresa mais conservadora.