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AUC, AUA ou AUM? Qual devo escolher?

AUC, AUA ou AUM? Qual devo escolher?

AUC, AUA ou AUM? Qual devo escolher?

AUC, AUA ou AUM? Qual devo escolher?

Se você não sabe as diferenças entre essas siglas, vou lhe narrar duas coisas: primeiro, seria bom saber; segundo, há centenas de profissionais que trabalham no setor e também não sabem. Portanto, não se sinta um leigo. Está tudo muito. No término deste texto você vai entender porquê diferenciá-las e, principalmente, terá base para escolher qual delas faz mais sentido para você.

De forma direta, essas siglas significam:

  • AUC (Assets Under Custody) – ativos sob custódia;
  • AUA (Assets Under Advisory) – ativos sob consultoria;
  • AUM (Assets Under Management) – ativos sob gestão.

Embora pareçam semelhantes à primeira vista, são conceitos com bases, processos, legislação e serviços completamente distintos. Em grandes instituições é generalidade encontrar os três tipos de serviços em áreas diferentes. Ainda assim, a forma porquê os próprios prestadores comunicam gera confusão entre eles mesmos e, principalmente, nos clientes.

Para detalhar melhor, vale entender o que cada um mede:

  • AUC: valor totalidade de ativos que uma instituição guarda e administra a segmento operacional (liquidação, registro, safekeeping), sem tomar decisões de investimento.
  • AUA: valor de ativos sobre os quais uma instituição – ou mesmo uma pessoa física credenciada, porquê é o meu caso – presta aconselhamento (alocação, planejamento), mas sem procuração discricionário para deliberar sozinho.
  • AUM: valor de ativos que uma instituição administra de forma discricionária, ou seja, com poder para tomar decisões de investimento diretamente em nome do cliente.

Na prática, quando se investe por meio de escritórios de assessoria de investimentos, é generalidade falar em AUC porque, por força regulatória, os ativos precisam estar “custodiados” na corretora parceira. Coloco “custodiados” entre aspas porque, no término, a grande maioria dos ativos fica registrada na própria B3: ações, fundos, renda fixa etc. Já em consultorias e multifamily offices – porquê é o meu caso – os clientes podem manter seus ativos custodiados onde quiserem, mas nós não temos poder discricionário sobre eles. Unicamente aconselhamos, e os clientes decidem se seguem ou não nossas recomendações; por isso, o noção correto é AUA. Por término, nas gestoras de recursos, que possuem procuração para gerir carteiras administradas, o adequado é falar de AUM.

Com isso em mente, cabe agora entender quando você deve escolher entre um e outro. Para isso, basta responder a quatro perguntas:

  1. Você se sente confortável em gerir sozinho seus recursos ou precisa de ajuda para investir? Se o foco for somente realização de produtos, uma corretora ou plataforma já resolve. Sabemos que mesmo essa escolha não é simples — e trataremos disso em outro texto.
  2. Se precisa de ajuda, pergunte-se: você quer somente recomendações de produtos ou um planejamento mais espaçoso? Para recomendações, um escritório de assessoria de investimentos sério já atende muito. Para planejamento mais abrangente, sem conflito de interesse, o melhor é buscar uma consultoria de investimentos.
  3. Sua premência inclui também serviços integrados, porquê planejamento patrimonial, fiscal, sucessório e societário? Nesse caso, considere um multifamily office — lembrando que o ticket mínimo costuma ser muito mais ressaltado.
  4. Por término, você deseja delegar a tomada de decisão sobre seus investimentos líquidos? Se sim, a escolha adequada é ter uma carteira administrada em uma gestora de recursos, sob procuração discricionário.

Estas são perguntas simples mas que fazem uma diferença nos resultados a longo prazo. Nem sempre a solução mais simples é a melhor. Nem sempre a solução mais rosto é a melhor. Nem sempre a solução mais completa é a mais rosto. Nem sempre a solução mais barata é a mais moral.

Lembre-se sempre daquela máxima: quando você acha que não paga pelo resultado ou serviço, você se torna o resultado pois quando um serviço parece “gratuito”, na prática a monetização ocorre de outra forma — normalmente usando seus dados, sua atenção ou seus hábitos de consumo porquê moeda.

Lembre-se: não existe almoço gratuito e fique com meu libido de uma boa e consciente escolha.

Hugo Daniel Azevedo é consultor de investimentos e sócio da MFS Capital

e-mail: hd@mfscapital.com.br

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Hugo Daniel Azevedo — Foto: Arte/Valor

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