Aumenta número de inadimplentes sem requisito de quitar suas dívidas

De conformidade com o levantamento, o número de famílias endividadas caiu 0,9 ponto percentual no último mês do ano pretérito, na confrontação com o mesmo mês de 2023, saindo de 77,6% para 76,7%. No entanto, a inadimplência aumentou.

Em dezembro de 2024, 29,3% das famílias estavam com dívidas em tardança, perante os 28,8% do mesmo período de 2023. Já os não conseguem quitar o que devem chegaram ao patamar de 13,0%, o maior da série histórica.

Segundo a CNC, a redução do endividamento pode ser atribuída à maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico com elevação da taxa Selic e da inflação, “o que dificulta o chegada e aumenta o dispêndio do crédito”. Já a inadimplência é um “revérbero do impacto desproporcional desses fatores sobre as famílias de baixa renda, que enfrentam juros elevados e renda limitada para sorver o aumento dos preços”.

O estudo também aponta que as famílias com renda de até três salários mínimos são as mais afetadas pelo endividamento e pela inadimplência. De conformidade com o levantamento, 80,5% desse grupo apresentou dívidas em 2024, sendo a parcela mais dependente do crédito para manter o padrão de consumo.