Aumento da popularidade de Lula, MP do IOF e ata do Fed mexem com a quarta-feira
O dia começa com o mercado repercutindo uma novidade pesquisa política, que mostra que a popularidade do governo Lula segue aumentando. O dia ainda é marcado pela votação na Câmara e no Senado da Medida Provisória (MP) do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nos Estados Unidos, sem sinais de pacto para o término do shutdown (nome oferecido à paralisação de segmento das atividades federais em seguida a Lar Branca e os parlamentares não entrarem em pacto sobre o orçamento), o que fica no foco é a ata da última reunião do Federalista Reserve (Fed, o banco meão norte-americano).
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é estimado de forma positiva por 33% da população e visto de forma negativa por 37%, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). Segundo o levantamento, 27% consideram a gestão regular. Desde maio, a avaliação negativa da gestão Lula segue uma trajetória de queda e a positiva registra tendência de propagação. O mesmo ocorreu com a aprovação, que chegou a 48%, e com a desaprovação, que oscilou para 49%.
É importante lembrar que quando existem sinais de uma crescente aprovação ao governo atual, o gosto por risco pode permanecer mais reduzido no Brasil. Isso porque diminui a expectativa de uma verosímil troca de governo e, na visão de muitos investidores, a manutenção da atual gestão pode valer menor comprometimento com a responsabilidade fiscal.
Ou por outra, há a percepção de que, com a popularidade em subida, o governo pode se sentir menos pressionado a adotar medidas de ajuste nas contas públicas, priorizando políticas de incitamento ou de caráter eleitoral. Por isso o mercado financeiro também acompanha de perto esse tipo de levantamento.
O Plenário do Senado reúne-se às 14h e deve votar a MP escolha ao IOF. É importante lembrar que há o risco da medida perder a validade se não for votada até meia-noite, depois de ter sido quase derrotada na Percentagem Peculiar.
É importante realçar que a medida deve mexer com os investimentos e, segundo algumas gestoras, ela pode ter um revérbero negativo na rolagem da dívida pública.
Isso porque, o texto original da proposta previa a unificação da tributação de aplicações financeiras em 17,5%, além da cobrança de uma alíquota de 5% sobre títulos atualmente isentos. A versão mais recente, no entanto, mantém a alíquota em 17,5% e preserva a isenção de LCI e LCA, ampliando ainda mais essa diferença.
Esse cenário levou a gestora Kapitalo a redigir uma missiva ocasião para o Ministério da herdade e para o Congresso fazendo um alerta sobre o risco desse cenário para a atratividade dos títulos públicos para os investidores tributáveis. Com menos demanda por esses papéis, segundo a gestora, o governo tende a enfrentar maiores dificuldades e custos para rolar sua dívida.
O Federalista Reserve revela, às 15h (de Brasília), a ata da última reunião do Comitê Federalista de Mercado Destapado (Fomc, na {sigla} em inglês), realizada em 16 e 17 de setembro. Na ocasião, o banco meão americano optou por trinchar os juros pela primeira vez neste ano.
No entanto, o cenário é nebuloso. Com o shutdown, estão paralisadas as divulgações de alguns dados importantes que ajudariam o mercado a calcular em que pé anda a economia do país (e o quanto há de pressões inflacionárias).
Portanto, na exiguidade de mais informações, a ata deve atrair ainda mais atenção.

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