Aumento do IOF foi discutido na mesa de Lula e estudado há bastante tempo, diz Haddad
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O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na última quinta-feira, é um tema que foi estudado pelo governo “há bastante tempo” e discutido na mesa do presidente Lula, disse o ministro da Herdade, Fernando Haddad, em entrevista ao jornal “O Mundo”.
“Essa regularização do IOF está sendo estudada há bastante tempo. Nós fizemos (o decreto) pela oportunidade de fazer um combo, prevendo (aumento de) receita, bloqueio, contingenciamento (de gastos), mas essas medidas estão sendo analisadas há mais de um ano”, disse ele ao jornal.
Sobre a eventual participação do presidente do Banco Médio, Gabriel Galípolo, nas discussões das medidas, Haddad disse que foi feita uma longa discussão no gabinete sobre muitos assuntos, incluindo as medidas, mas que Galípolo não participou da elaboração do decreto e nem leu o documento.
Segundo Haddad, a decisão de voltar detrás e retomar a isenção de investimentos no exterior de brasileiros foi “absolutamente técnica” e tomada em seguida a consulta da opinião de conselheiros próximos. A imposição da taxa, nesse caso específico, foi interpretada por agentes do mercado porquê uma tentativa de controlar o capital.
Questionado se o incidente gerou descrédito na equipe econômica, ele afirmou que vê o contrário. “Quanto mais você dialoga, é franco e humilde em relação aos temas, mais constrói reputação. Inclusive para o momento em que não reconhece valor nas críticas e avança, porquê a taxação de fundos offshore (no exterior), de fundos fechados e reforma da renda, em que nós não recuamos, porque entendemos que eram justas as propostas”, afirmou.
Segundo Haddad, a reação do mercado em dezembro em seguida o pregão da isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 milénio “não era justificável”. “Mas o que aconteceu agora é justificável. Por isso, atendemos prontamente ao pleito depois de uma revisão técnica”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de novas revisões das medidas anunciadas, o ministro disse que está sempre reavaliando as medidas regulatórias da Herdade para atingir os objetivos da política econômica e que sua equipe está a todo momento “calibrando” CRI, CRA (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio), LCI, LCA (letras de crédito imobiliário e do agro) e o IOF, sendo que várias dessas calibragens passam despercebidas.
Levante teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
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