Azul (AZUL4): porquê ficam a empresa e as ações posteriormente recuperação judicial nos EUA?
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A Azul anunciou nesta quarta-feira (28) que iniciou um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, utilizando o chamado Chapter 11 da Lei de Falências americana. Com o processo em curso, as ações da companhia aérea podem tolerar, segundo analistas. Não à toa, as ADRs (recibos de ações brasileiras negociados em Novidade York) despencaram no pré-mercado hoje. Ainda assim, existem alguns pontos positivos.
Meu voo vai ser cancelado?
Primeiro, é preciso entender que o Chapter 11 é um processo legítimo americano usado para as companhias levantarem capital, reestruturarem as finanças e fortalecerem suas operações comerciais no longo prazo, enquanto seguem operando.
Esse mecanismo oferece uma espécie de “respiro financeiro” para a empresa reorganizar suas dívidas com o esteio da Justiça. Assim, ela ganha tempo e respaldo jurídico para renegociar contratos, buscar novos investidores e ajustar sua estrutura de custos. Ou seja, não se trata de uma falência ou paralisação das operações. Portanto, ao que tudo indica, os voos da Azul devem continuar acontecendo e a empresa segue funcionando normalmente.
A princípio, zero acontece com os papéis da companhia cá no Brasil posteriormente o processo nos Estados Unidos. Mas isso não significa que as ações devem permanecer paradas. Pelo contrário, os papéis devem tolerar. Isso porque, a B3 informou, por volta das 15h40 desta quarta-feira (28), que irá excluir as ações da companhia do Ibovespa e de outros índices devido ao processo de recuperação judicial. A decisão veio nos termos do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3.
“A decisão ocorre em virtude do pedido de Chapter 11 do United States Code pela companhia, conforme Fatos Relevantes divulgados em 28/05/2025”, afirmou a bolsa em nota.
Com isso, alguns fundos que não podem ter em suas cestas companhias de fora do índice terão que vender seus papéis, conforme explica Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest.
“As ações devem tombar por conta da liquidez, porque tem investidor que vai ter que vender, porquê alguns fundos que não podem ter companhias em recuperação judicial. Eles podem se antecipar e já vender hoje”, afirma.
Mas nem tudo está perdido. Sarvalle destaca, por exemplo, que os acionistas da Azul já têm um perfil mais hostil. Isso significa que, com exceção daqueles fundos que devem vender as ações já se antecipando ao que pode vir a ocorrer, os demais investidores já têm noção da volatilidade que o papel pode trazer. Portanto, um processo porquê esse pode não ser razão para venda.
Saravalle lembra, ainda que, “em uma visão de médio e longo prazo”, o processo de recuperação judicial mostra que a companhia está negociando com seus credores e “ganhando fôlego” para se reerguer, o que pode trazer sinalizações positivas. “No curtíssimo prazo, porém, os paoéis devem tolerar com essa pressão vendedora”, diz.
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