BC dos EUA mantém a taxa de juros, conforme esperado

Em dezembro, o Fed havia minguado a taxa em 0,25 ponto percentual, mantendo o ritmo do segundo golpe, realizado em novembro. O ciclo se iniciou em setembro com um golpe de 0,50 ponto percentual.

Em seu expedido em seguida o pregão da decisão, os membros do Fomc apontaram que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir no país em um ritmo sólido. A taxa de desemprego se estabilizou em um nível inferior nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas. Porém, ressaltam que a inflação continua um tanto elevada.

Diante desse cenário, o Comitê julga que os riscos para atingir suas metas de serviço e inflação estão aproximadamente em estabilidade. Porém, porquê a perspectiva econômica é incerta, o Comitê está prudente aos riscos de subida da inflação e aumento do desemprego.

A reunião de hoje não deve ser um evento de grande impacto para o mercado, apostam os analistas do banco ING. “O Fed precisa ver uma fraqueza econômica significativa e uma inflação mais baixa para exigir novas cortes nas taxas de juros. Por enquanto, o mercado de trabalho e a inflação estão desacelerando gradualmente, mas não o suficiente para retomar o golpe das taxas”.

Antes da decisão, investidores apostavam que as condições para um novo golpe das taxas não iriam se concretizar antes de junho.

Apesar da inflação em dezembro ter sido menor do que a esperada, a força do mercado de trabalho deve manter o tom cordato do presidente Jerome Powell durante sua conferência com jornalistas, realizada logo em seguida o pregão da decisão, às 16h30. A turbulência nas ações de tecnologia – embora o mercado tenha se estabilizado ontem – e a independência do Fed diante do apelo do presidente Donald Trump por taxas mais baixas – são assuntos que devem ser tratados no evento.

“No entanto, não acreditamos que o vai e vem do mercado financeiro nesta semana tenha levantado preocupações suficientes para justificar um observação de Powell. E esperamos uma reafirmação firme da independência em relação à pressão de Trump”.