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Berkshire Hathaway amplia lucro e vende mais ações enquanto Buffett prepara sucessão

Berkshire Hathaway amplia lucro e vende mais ações enquanto Buffett prepara sucessão

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Berkshire Hathaway amplia lucro e vende mais ações enquanto Buffett prepara sucessão

A Berkshire Hathaway (BRKb; Nyse), empresa de investimentos de Warren Buffett, mantém a maior segmento de seus ativos em ações, preferindo investimentos de longo prazo. Mas em 2024, a empresa adotou uma postura considerada pelos analistas internacionais “surpreendentemente defensiva”, ao ampliar a venda de ua parcela importante destes ativos de renda variável. Seria esse o sigilo para o conglomerado do megainvestidor, sabido uma vez que ‘Oráculo de Omaha’, atingir um recorde de US$ 334,2 bilhões em suplente de caixa em 2024 (supra dos US$ 168 bilhões no termo de 2023)?

Ao todo, a Berkshire vendeu mais de US$ 134 bilhões em ações em 2024. Isso se deve principalmente à redução das duas maiores participações acionárias da Berkshire: Apple (empresa sobre a qual Buffett declarou, diversas vezes, ser uma das melhores que ele já investiu oferecido o padrão de negócios altamente lucrativo e a capacidade de gerar grandes fluxos de caixa) e o Bank of America (BofA).

Na sua missiva anual aos acionistas, não ficam claras as explicações sobre o que Buffett estava tentando antecipar ao reduzir seu gosto pelas ações das empresas.

Ao mesmo tempo, chamou a atenção que grande segmento dos recursos da Berkshire foram alocados em títulos do Tesouro de pequeno prazo. A empresa tem US$ 90 bilhões a mais do que o próprio Tesouro americano alocados no ativo, nota William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue. “Dos US$ 334,2 bilhões em suplente de caixa, o que émais do que o valor de mercado da Coca-Cola, ou seja, é um valor muito significativo de caixa em 2024, US$ 287 bi estão alocados em tesouro”, destaca.

Buffett explica que, apesar de a empresa manter uma grande suplente de caixa – a posição aumentou em US$ 9 bilhões nos últimos três meses do ano pretérito e quase dobrou no último ano -, isso não gera retornos a longo prazo. Logo, sua estratégia principal continua sendo investir a maior segmento dos recursos em ações. “Essa preferência não vai mudar”, cita o documento.

“Os acionistas da Berkshire podem permanecer tranquilos: sempre vamos destinar a maior segmento do capital a investimentos em ações, principalmente de empresas americanas, embora muitas delas tenham operações internacionais […]”Berkshire nunca preferirá manter quantia em caixa ou ativos equivalentes a quantia em vez de possuir bons negócios, seja no controle totalidade ou parcial”.

Porvir da Berkshire Hathaway

Aos 94 anos, Buffett diz que não vai demorar muito para Greg Abel assumir o comando da empresa e passar a ortografar as cartas anuais, mantendo o compromisso com a transparência.

“Greg demonstrou vividamente sua capacidade de agir em momentos uma vez que Charlie [Munger, seu falecido sócio]. Ele entende que se você encetar a enganar seus acionistas, você vai logo confiar nas suas próprias mentiras e estará se enganando também. Ser honesto sobre os erros é principal para o sucesso a longo prazo”.

Ele ainda ressaltou que em 2024, a Berkshire teve um desempenho melhor do que ele esperava, embora 53% dos 189 negócios operacionais tenham relatado uma queda nos lucros.

Buffett observou no documento que os lucros operacionais anuais, sua medida preferida de desempenho, saltaram de US$ 37,4 bilhões para US$ 47,4 bilhões, um aumento de 26,7%. Dois fatores-chave impulsionaram os números:

A recuperação da GEICO, principal responsável pelos resultados da Berkshire no setor de seguros (salto de 48% na receita de investimentos em seguros, que chegou a US$ 4,1 bilhões), através de reformas internas que melhoraram a eficiência e a rentabilidade da seguradora; e a elevação das taxas de juros, que fez a Berkshire lucrar mais com areserva de quantia investida em títulos do Tesouro dos EUA.

Setores que mais contribuíram para o incremento da Berkshire Hathaway

Setor Lucro Operacional 2024 Lucro Operacional 2023
Seguros – Underwriting US$ 9,0 bi US$ 5,4 bi
Seguros – Investimentos US$ 13,7 bi US$ 9,6 bi
BNSF (ferrovias) US$ 5,0 bi US$ 5,1 bi
Berkshire Hathaway Energy US$ 3,7 bi US$ 2,3 bi
Outras Empresas Controladas US$ 13,1 bi US$ 13,3 bi
Totalidade de Lucros Operacionais US$ 47,4 bi US$ 37,3 bi

O valor de mercado da Berkshire tem se mantido supra de US$ 1 trilhão desde o termo do mês pretérito. As ações da Berkshire subiram 25% e 16% respectivamente nos últimos dois anos e subiram 5% até agora neste ano.

Já se passaram quase seis anos desde que a Berkshire começou a comprar ações em cinco empresas japonesas. O bilionário disse que a Berkshire pode aumentar “ao longo do tempo” suas participações de longa data na Itochu, Marubeni, Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo, as cinco maiores empresas do Japão. A preferência se deve pelos bons dividendos, potente governança e modelos de negócios diversificados.

Inicialmente, a Berkshire limitou sua participação a 10% em cada empresa, mas depois negociou com as companhias para ampliar ligeiramente esse limite. “Com o tempo, você provavelmente verá a propriedade da Berkshire em todos os cinco aumentar um pouco”, reforça a missiva aos acionistas.

O dispêndio confederado do investimento nipónico é de US$ 13,8 bilhões. A receita de dividendos esperada dos investimentos japoneses em 2025 totalizará tapume de US$ 812 milhões e o dispêndio dos juros dadívida denominada em ienes será de tapume de US$ 135 milhões, segundo o documento.

“Espero que Greg Abel [cotado para ser seu sucessor] e seus eventuais sucessores ocupem esta posição japonesa por muitas décadas e que a Berkshire encontre outras maneiras de trabalhar produtivamente com os cinco empresas no horizonte”, afirma o megainvestidor.

Escolhas nem sempre certeiras

No relatório anual de 2024 da Berkshire Hathaway, Warren Buffett fala claramente sobre seus erros na alocação de capital e na escolha de gestores ao longo do tempo, destacando a prestígio de reconhecê-los e corrigi-los rapidamente.

Buffett menciona que, entre 2019 e 2023, ele usou os termos “erro” ou “equívoco” 16 vezes em suas cartas anuais, destacando que outras grandes empresas evitam consentir falhas publicamente. As escolhas nem sempre certeiras foram por investimentos que não tiveram o desempenho esperado, e isso ocorre tanto em aquisições de empresas inteiras quanto em participações minoritárias em ações de empresas listadas.

No documento, Buffett cita o recomendação de seu falecido sócio, Charlie Munger. “Problemas não desaparecem sozinhos. Eles exigem ação, por mais desconfortável que seja.”

Recados para Trump e para os acionistas

No longo documento, o bilionário ainda mandou uma mensagem ao novo presidente americano, Donald Trump.

“Buffett sempre fala em suas cartas que a empresa tem orgulho de ajudar os Estados Unidos e de remunerar seus impostos. Em 2024, a Berkshire gastou quase US$ 27 bilhões em impostos. Mas ele labareda mais claramente a atenção para a questão fiscal americana e pede para o governo americano gastar de uma forma mais sábia, sem relaxar da firmeza do valor da moeda dólar”, comenta William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.

A missiva terminou com uma nota um tanto sombria, com Buffett dizendo que a reunião anual da Berkshire – frequentemente descrita uma vez que “Woodstock” para os capitalistas – será uma “reunião reestruturada” levante ano. Não haverá nenhum filme jocoso uma vez que habitualmente no início do encontro.

A tertúlia anual de acionistas da Berkshire Hathaway de 2025 será no sábado, 3 de maio, no CHI Health Center em Omaha, Nebraska, a mesma cidade da sede da Berkshire.

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Warren Buffett — Foto: Reprodução/Gates Foundation

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