Bitcoin cai antes de Fomc e com preocupações sobre regulação cripto nos EUA

O bitcoin (BTC) opera em baixa nesta terça-feira (6), véspera da próxima decisão do Comitê Federalista de Mercado Sincero (Fomc), na qual os juros dos Estados Unidos devem ser mantidos no atual patamar de 4,25% a 4,5% ao ano. Há grande expectativa para o oração do presidente do Federalista Reserve (Fed), Jerome Powell, depois da decisão, podendo sinalizar se há espaço para redução das taxas nas próximas reuniões. Também no radar, os investidores acompanham a tramitação dos projetos de lei ligados a criptomoedas no Congresso americano.

Segundo o site “Coindesk”, senadores do partido Democrata hesitam em progredir com a legislação sobre stablecoins (criptomoedas de valor atrelado ao de alguma mote tradicional, porquê o dólar) por considerarem que isso vai resultar em um lucro político para o presidente Donald Trump.

O veículo de informação diz que o otimismo que existia acerca de uma tramitação “tranquila” para regulamentações de criptoativos talvez tenha sido exagerado, uma vez que o envolvimento cada vez maior de Trump com o setor gera uma reação de seus opositores.

Perto das 10h09 (horário de Brasília), o bitcoin cai 0,5% em 24 horas, cotado a US$ 93.836 e o ether, moeda do dedo da rede Ethereum, tem queda de 1,8% a US$ 1.772, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente é de US$ 3,01 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 0,4% a R$ 536.234, de consonância com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, tem queda de 2,4% a US$ 2,10. Já a solana tem perdas de 1,3% a US$ 142,66 e o BNB (token da Binance Smart Chain) opera com ligeiro variação negativa de 0,1% a US$ 594,98.

De consonância com Guilherme Prado, gerente vernáculo da Bitget no Brasil, a queda recente do bitcoin reflete a postura cautelosa do mercado diante da reunião do Fomc e o comportamento típico de ativos de risco em momentos de incerteza macroeconômica.

“Caso Powell sinalize que o banco meão dos EUA está mais predisposto a flexibilizar a política monetária nos próximos meses, isso pode trazer novo fôlego ao bitcoin e a outros ativos de risco. Por outro lado, um posicionamento mais rígido, indicando que os juros devem seguir elevados por mais tempo, tende a gerar pressão suplementar sobre o mercado”, afirma.

Já Bernardo Bonjean, fundador da Metrix, destaca que a atividade on-chain do bitcoin vem apresentando possante recuperação, com o totalidade de transações atingindo a máxima dos últimos seis meses. Aliás, a dominância do BTC, dada pela proporção entre o tamanho de mercado da principal moeda do dedo em relação a todas as outras, atingiu o maior nível dos últimos quatro anos, apontando para um momento de contração nos preços das altcoins.

Para Bonjean, esse oferecido contrasta com o nível de atividade nesses projetos alternativos.

“O totalidade depositado em Solana (SOL) atingiu a máxima desde 2022, em murado de 60 milhões de SOL. Na mesma traço, o totalidade de endereços ativos em Starknet (STKR) atingiu a máxima dos últimos seis meses, em quase 50.000 usuários ativos. A solidez das métricas de altcoins continua mostrando a força da indústria, mesmo diante das baixas performances de 2024”, avalia.

Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado ontem um saldo líquido positivo de US$ 425,5 milhões, no terceiro pregão ininterrupto de ingresso de capital. Quem impulsionou o fluxo foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 531,2 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas. Não houve fluxo relevante para os ETFs de ether.

Teor publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.