Bitcoin desce a ladeira com aversão a risco e já perde US$ 440 bi em valor de mercado
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Por volta de 17h20 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 78.800, queda de 5%, nas últimas 24 horas. A mínima do período foi de US$ 77.500 e a máxima de US$ 83.700. Com o movimento, já registra queda de 8%, em sete dias, pulverizando a pouca valorização registrada até a última sexta-feira.
A semana começou com uma aversão a risco generalizada, provocada pelo fantasma de uma provável recessão econômica nos Estados Unidos, sob a batuta de Donald Trump.
Na bolsa de Novidade York, o S&P 500 e o Nasdaq, índices aos quais o bitcoin se correlaciona, fecharam em queda de 2,7% e 4%, respectivamente. O índice da bolsa eletrônica registrou a maior queda em sete meses. O índice de volatilidade VIX, que mede o nível de estresse nos mercados, disparou 19%.
Beto Fernandes, crítico da Foxbit, explica que há uma poderoso pressão atuando sobre o mercado financeiro, com o bitcoin e as ações de forma universal repercutindo negativamente todos os ruídos que passaram a fazer secção do cotidiano do investidor desde a posse de Trump na presidência dos Estados Unidos.
“Os grandes problemas a serem enfrentados a partir de agora estão em torno dos impactos que o tarifaço norte-americano pode gerar em torno de sua própria economia e também para os outros países”, ressalta. “Enfim, com uma taxa mais agressiva, e a reciprocidade dessas tarifas pelos outros governos, os produtos e matérias-primas tendem a encarecer, expandindo uma provável inflação para todo o mundo.”
Outro ponto ainda mais negativo são os dados “pouco convincentes” sobre a saúde do mercado de trabalho nos EUA na última semana, gerando especulações sobre uma provável recessão na maior economia do mundo.
Ana de Mattos, crítico técnica e operadora parceira da Ripio, uma das maiores plataformas de criptoativos da América Latina, aponta que, depois a mínima registrada hoje, o bitcoin pode romper suportes (patamar de preços mínimos) de US$ 78.260 e de US$ 75.900, se o cenário de queda se mantiver.
Para inverter o rumo, o bitcoin precisa romper a resistência (patamar de preço supremo) de limitado de US$ 84.300 e US$ 86.200.
Porquê o bitcoin influencia diretamente o desempenho das demais criptos, as chamadas altcoins, as maiores do mercado registram desvalorização intensa.
O ethereum, segunda maior em valor de mercado, recua, no mesmo horário, 8%, negociada a US$ 1.800. Solana, que é uma das preferidas dos analistas, também perde 8%, a US$ 118. E XRP cai 3%, a US$ 2,00.
Fernandes ressalta que “poucas faíscas já são o suficiente para trazer movimentos agressivos” no mercado de criptos. “É importante que o mercado lembre uma vez que é o cotidiano com Trump na presidência para ter um controle um pouco maior desses ruídos.”
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