Bitcoin passa a recuar depois presidente do Fed declarar que novo golpe de juros é incerto

Até o início da entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, o Bitcoin e as maiores altcoins em valor de mercado operavam próximas da segurança, refletindo um golpe de juros dentro do esperado.

No entanto, os preços passaram a tombar logo depois Powell frisar que uma novidade redução na última reunião do comitê de política monetária deste ano “está longe de ser garantida”. Um golpe no juros em dezembro foi pontuado no enviado do Fed na reunião de setembro, o que gerou otimismo generalizado nos mercados de ativos de risco, porquê ações e criptos.

Por volta de 16h, o Bitcoin (BTC), primeira e principal representante do segmento cripto, era negociado a US$ 111 milénio, queda de 3%, nas últimas 24 horas, segundo dados da plataforma agregadora de preços Coingecko. O Ethereum (ETH), segunda maior cripto em valor de mercado, valia US$ 3.900, recuo de quase 5%, no mesmo período.

Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset, afirma que o tom mais contracionista do enviado surpreendeu. “A decisão de golpe não foi unânime: o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, votou contra a redução e colocou em incerteza a possibilidade de um novo golpe na reunião de dezembro”, ressalta. “Um golpe suplementar de 0,25 ponto era oferecido praticamente porquê evidente pelo mercado, e a reversão dessa expectativa está trazendo volatilidade depois o pregão, com os ativos de risco reagindo negativamente.”

Guilherme Prado, diretor regional da Bitget no Brasil, acrescenta que, apesar do golpe de juros anunciado pelo Fed, o exposição de Powell trouxe um tom mais cordato. “O presidente do Fed reconheceu que a inflação de bens voltou a subir e destacou a falta de consenso dentro do comitê sobre os próximos passos — deixando simples que uma novidade redução em dezembro está longe de ser garantida”.

“Esse cenário aumenta a incerteza sobre o ritmo do atraso monetário e leva os investidores a adotar uma postura mais defensiva”, afirma Prado. “Com o dólar ainda poderoso e condições de liquidez globais apertadas, ativos de maior risco, porquê o Bitcoin, acabam sendo pressionados.”

Sarah Uska, crítico de criptoativos do Bitybank, pontua que o foco dos investidores ficou voltado ao teor do enviado em que o Fed indicou que os próximos cortes devem sobrevir de forma gradual, mantendo uma postura de cautela diante de uma inflação ainda supra da meta.

“Esse posicionamento influencia diretamente o comportamento dos ativos de risco, já que juros mais baixos costumam proporcionar o investimento em criptomoedas, enquanto um ritmo mais moderado de atraso pode limitar os ganhos no pequeno prazo”, afirma.

Henry Oyama, diretor da Hashdex, pontua que, em outra frente, o pregão do Fed de fecho da “redução de balanço” ou “aperto quantitativo”, nos jargões no mercado, aumentará a liquidez e ajuda a criar “um tecido de fundo mais favorável para ativos de prolongamento e risco, porquê cripto, no médio e longo prazos”.