Bitcoin se equilibra depois terremoto tarifário nos mercados

Ainda no cenário macroeconômico, hoje foi divulgado o Relatório de Ofício dos EUA relativo a março, que revelou a geração de 228 milénio vagas. O número foi muito maior do que as 140 milénio esperadas. Por outro lado, a taxa de desemprego na maior economia do mundo subiu para 4,2%, diante de expectativa de ininterrupção nos 4,1%.

Perto das 19h20 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 1,5% em 24 horas, cotado a US$ 84.080 e o ether, moeda do dedo da rede Ethereum, opera praticamente fixo, em ligeiro subida de 0,5%, a US$ 1.819, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente é de US$ 2,79 trilhões. Em reais, o bitcoin avança 5,4% a R$ 493,825, de congraçamento com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, tem subida de 4% a US$ 2,14. Já a solana registra ganhos de 5,9% a US$ 123,66 e o BNB (token da Binance Smart Chain) avança 1,4% a US$ 599,12.

Segundo Beto Fernandes, crítico da Foxbit, o mercado ainda está cambaleando depois do tarifaço de Trump. “Mesmo que ele tenha sido menos ofensivo do poderia, o nível de incerteza que as taxas elevadas trazem à economia é muito cume para que os investidores fiquem confortáveis em fazer movimentações mais arriscadas”, afirma.

Bruno Shahini, profissional em investimentos da Nomad, destaca que os rendimentos dos títulos do Tesouro americano registraram quedas expressivas superiores a 20 pontos-base no vencimento de 5 anos. Isso sinaliza que uma desaceleração econômica poderá levar o Federalista Reserve (Fed, banco meão americano) a ajustar sua política monetária, possivelmente respondendo ao choque com cortes de juros.

Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado ontem (3) um saldo líquido negativo de US$ 99,8 milhões. Os dois principais responsáveis pelo resultado foram o GBTC, da Grayscale, com US$ 60,2 milhões de excesso de vendas de cotas em relação às compras, e o BITB, da Bitwise, com US$ 44,2 milhões.

Levante teor foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.