Bitcoin tomba ao menor valor em quase quatro meses. Por quê?

Já no final da manhã, no Oeste, a desvalorização começou a esfriar, voltando ao patamar dos US$ 81 milénio. Por volta de 17h (horário de Brasília), o bitcoin já caminha no sentido positivo, com ligeira subida de 1%, nas últimas 24 horas, negociado a US$ 84.600, beirando a máxima do dia, segundo a plataforma agregadora de dados Coingecko. Nos últimos sete dias, acumula perda de 12%.

Além do bitcoin, o ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda em valor de mercado, também sofreu nesta sexta-feira, chegando a perder 7%, em 24 horas. No mesmo horário, registrava uma desvalorização pouco mais de 1%, negociado a US$ 2.200. Na semana, recua 15%.

Ontem (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México entrarão em vigor no próximo dia 4, assim porquê as tarifas de 10% sobre os produtos chineses com uma taxa extra de mais 10%.

Porquê as medidas têm um caráter mais inflacionário, o mercado já passou a projetar que o Federalista Reserve (Fed, o banco médio norte-americano) pode não prosseguir com o ciclo de golpe de juros (que, inclusive, foi paralisado na última reunião). Com juros maiores, os investidores podem preferir não se aventurar tanto em ativos mais voláteis, porquê ações e criptos, e alocar seus recursos em títulos públicos, por exemplo.

Por outro lado, é importante lembrar que Trump é um potente entusiasta das criptomoedas e já sugeriu, inclusive, a geração de um fundo do próprio governo americano em bitcoin. Esses acenos positivos, inclusive, foram o que levaram o bitcoin a espancar sucessivos recordes recentemente. Com isso, há a possibilidade ainda de uma “realização de lucros” por secção dos investidores. Ou seja: quem aplicou no ativo anteriormente pode estar vendendo agora para embolsar os lucros dessas altas recentes.