Boa Safra (SOJA3) derrete em seguida resultado e revisões de bancos

Ao termo da sessão, as ações da Boa Safra (SOJA3) derreteram 14,96%, negociados a R$ 9,66.

O BB Investimentos chamou os resultados da Boa Safra de mistos, porque a companhia melhorou o faturamento na venda sobre sementes, mas teve sua margem de lucro pressionada por conta de “maiores despesas operacionais, e financeiras”.

No entanto, o banco afirma que esperava uma diluição de despesas operacionais, dos quais aumento foi provocado pelo prolongamento da Boa Safra. Assim, a exegeta Georgia Jorge rebaixou a recomendação das ações de compra para neutra. Pelo menos “até que tenhamos mais visibilidade quanto às perspectivas de diluição das despesas operacionais e recuperação da rentabilidade”, disse ela em relatório.

O resultado também levou o BTG Pactual a rever expectativas sobre a Boa Safra e suas ações. Ao pontuar que os resultados da semeadora são “altamente sazonais”, o banco explica que ela bateu recorde na carteira de pedidos avaliada em R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre. As vendas entre julho e setembro bateram R$ 1,1 bilhão, conversão de 68% dos pedidos. “Mas ela veio aquém da média dos últimos três anos, de 99% “, diz Thiago Duarte, exegeta do BTG.

Mesmo que a Boa Safra atinja um patamar de vendas consistente com o dos últimos anos no quarto trimestre, o volume ainda decepcionaria as projeções do BTG.

“Depois de colocar o pé no freio para preservar a qualidade da carteira de pedidos, a Boa Safra passa por uma recuperação vital”, comenta Duarte. “O ritmo do terceiro trimestre não foi suficiente, todavia, para a aceleração da empresa que achávamos provável, o que direciona nosso preço-alvo. Estamos colocando nossas estimativas sob revisão”, finalizou o exegeta do BTG Pactual.