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Bolsa tem melhor semana em um mês, apoiada por conforto no exterior

Bolsa tem melhor semana em um mês, apoiada por conforto no exterior

Bolsa tem melhor semana em um mês, apoiada por conforto no exterior

Bolsa tem melhor semana em um mês, apoiada por conforto no exterior

A bolsa encerrou a semana com ganhos, apoiada principalmente pelos acontecimentos recentes no exterior, que ajudaram a gratificar a escalada das preocupações fiscais no Brasil.

  • O Ibovespa subiu 1,9%, no melhor desempenho semanal em um mês – desde a semana encerrada em 19 de setembro, quando havia avançado 2,5%. Nesta sexta (17), o índice apreciou 0,8%. Em outubro, porém, cai 1,9%. No ano até hoje, a valorização é de 19%.

O conforto nas tensões entre Estados Unidos e China e a melhora no sentimento sobre os bancos regionais americanos influenciaram mais na direção dos preços do que as incertezas fiscais na seara doméstica, que seguiram no radar, mas não impediram o progresso da bolsa na semana.

  • Entre as 82 ações da carteira teórica mais famosa do Brasil, 55 subiram na semana, enquanto 25 caíram e duas ficaram estáveis.
  • Entre as maiores altas da semana, Usiminas (USIM5) se destacou com proveito de 14,35%. Logo detrás vieram C&A Modas (CEAB3), que avançou 9,58%, e WEG (WEGE3), com subida de 9,43%;
  • Na outra ponta, Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as perdas da semana, caindo 6,57%. Marfrig (MRFG3) recuou 5,49%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 4,65%.

As ações que mais subiram e mais caíram na semana

Posição Maiores Altas Código Variação (%) Maiores Quedas Código Variação (%)
Usiminas PNA USIM5 +14,35% Pão de Açúcar ON PCAR3 -6,57%
C&A Modas ON CEAB3 +9,58% Marfrig ON MRFG3 -5,49%
WEG ON WEGE3 +9,43% Magazine Luiza ON MGLU3 -4,65%
Raízen PN RAIZ4 +6,90% Totvs ON TOTS3 -3,70%
Vivara ON VIVA3 +6,31% Natureza ON NTCO3 -2,86%

EUA e China no meio das atenções

As tensões comerciais entre Washington e Pequim voltaram a ditar o sentimento global de risco ao longo da semana. Depois de muito vaivém nos últimos dias, o impasse entre as duas maiores economias do mundo pode estar perto do término.

Em entrevista à Fox Business nesta sexta-feira, o presidente Donald Trump reconheceu que a tarifa de 100% que prenúncio impor sobre a China “não é sustentável”, mas alegou ter sido “forçado” a tomar essa medida diante das ações de Pequim.

Os dois países vivem um impasse que se arrasta desde o início do ano, quando as tarifas chegaram a 145% sobre produtos chineses e 125% sobre produtos americanos. Uma trégua firmada em maio, posteriormente estendida em julho, reduziu as taxas para 30% e 10%, respectivamente.

O novo concórdia, porém, expira em 10 de novembro, e as declarações mais recentes do republicano reacenderam a incerteza.

Apesar da retórica mais dura, Trump sinalizou disposição ao diálogo e confirmou hoje que o encontro com o líder chinês, Xi Jinping, ocorrerá “em duas semanas”, durante a cúpula da Apec, na Coreia do Sul. “Acho que vamos permanecer muito com a China, mas precisamos de um concórdia justo”, afirmou.

O progresso das negociações, ainda que em ritmo lento, trouxe qualquer conforto às bolsas globais, o que ajudou o mercado brasiliano a sustentar ganhos na semana.

“As influências de ontem, que haviam gerado cautela na sessão da véspera, se desdobraram hoje. E, mais uma vez, Trump veio com um taco e afirmou que não haveria tarifa de 100% contra a China, o que foi confirmado pelo secretário do Tesouro e animou os mercados”, destaca Caio Mitsuo, planejador financeiro e técnico em investimentos.

Problemas de crédito nos bancos dos EUA

Além da questão mercantil entre EUA e China, o mercado internacional enfrentou, nesta semana, uma vaga de aversão ao risco em seguida notícias de empréstimos inadimplentes em bancos americanos de médio porte, uma vez que Zions Bancorp e Western Alliance Bancorp.

As preocupações com um verosímil contágio derrubaram as ações do setor e pressionaram as bolsas globais na quinta-feira.

O temor foi amplificado em seguida o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, expor que “quando você vê uma barata, provavelmente há mais”, em referência aos casos de calote no crédito automotivo.

Mas o clima parece ter se estabilizado hoje. Segundo Marc Pinto, da Moody’s Ratings, não há sinais de crise sistêmica, e as taxas de inadimplência seguem aquém de 5%, devendo tombar ainda mais em 2026.

“A termo que mais ouvimos entre os bancos é resiliência”, afirmou. O conforto nas bolsas americanas refletiu essa percepção, dando qualquer fôlego também à bolsa do Brasil.

“Essa questão dos bancos regionais, na minha visão, esfriou com o mercado entendendo que mais uma vez o BC dos EUA vai intervir fornecendo liquidez no mercado”, avalia Mitsuo.

As expectativas sobre a política monetária americana também influenciaram o humor dos investidores ao volta do mundo.

Apesar de dois dirigentes do Federalista Reserve (Fed, o banco médio americano), Stephen Miran e Christopher Waller, apresentarem visões divergentes sobre o ritmo de cortes nas próximas reuniões do Fed, vestuário é que os juros vão tombar.

Miran defendeu uma redução mais agressiva, de 0,50 ponto, argumentando que o renda neutro da economia americana caiu com o envelhecimento populacional e a menor imigração.

Já Waller preferiu cautela, sustentando cortes graduais de 0,25 ponto e avaliando que a inflação “não deve ser um travanca” para o ajuste.

As falas reforçaram a leitura de que o ciclo de atraso monetário vai seguir adiante, ainda que sem saber em qual magnitude, o que manteve a pressão baixista sobre o dólar.

“Com a expectativa de queda dos juros americanos, o dólar vem enfraquecendo frente a maioria das moedas. Esse diferencial de juros favorece o ‘carry trade’ e ajuda na ingressão de dólar no mercado brasiliano”, explica Mitsuo.

  • O dólar mercantil fechou a semana em baixa de 1,8%, a R$ 5,4050. Na sessão de hoje, caiu 0,7% em relação ao real. Mas, no mês, sobe 1,5%. E, no ano, fica 12,5% mais barato para o brasiliano.

Enquanto isso, no Brasil…

Risco fiscal volta à cena

No cenário doméstico, o foco voltou à situação fiscal do país. A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de suspender temporariamente a obrigação de o governo mirar o meio da meta fiscal, atendendo a um pedido da Advocacia-Universal da União (AGU), aumentou a aversão ao risco e ampliou a suspeição entre investidores.

O entendimento do TCU permite que o governo siga trabalhando com o limite subordinado da meta, evitando um bloqueio estimado em R$ 30 bilhões em despesas neste ano.

Nesta toada, o mercado interpretou o movimento uma vez que mais um sinal de fragilidade das contas públicas, reforçando a percepção de que a meta fiscal pode não ser alcançada.

Mesmo assim, o clima extrínseco mais positivo falou mais supino e ajudou o Ibovespa a registrar sua melhor semana em um mês.

Ações negociadas nesta sexta-feira (17/10/2025)

Código Nome Preâmbulo Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
RAIZ4 RAIZEN PN 0,84 0,84 0,92 0,98 0,93 9,41
PRIO3 PETRORIO ON 35,15 34,56 35,82 36,38 36,12 5,61
WEGE3 WEG ON 38,31 38,23 39,98 40,66 40,15 4,48
VIVA3 VIVARA ON 27,56 27,50 28,59 28,91 28,79 3,38
CSAN3 COSAN ON 5,68 5,64 5,78 5,89 5,87 2,98
RAIL3 RUMO S.A. ON 15,09 15,01 15,42 15,57 15,47 2,79
ENGI11 ENERGISA UNT 48,60 48,60 49,99 50,24 50,24 2,70
BRAV3 BRAVA ON 14,83 14,55 15,05 15,32 15,22 2,63
COGN3 COGNA ON 3,04 3,02 3,14 3,20 3,14 2,61
BBAS3 BRASIL ON 20,37 20,16 20,56 20,90 20,90 2,60
ELET3 ELETROBRAS ON 52,74 52,65 54,42 54,63 54,63 2,51
MGLU3 MAGAZINE LUIZA ON 8,09 7,97 8,28 8,45 8,40 2,44
ELET6 ELETROBRAS PNB 55,70 55,63 57,05 57,45 57,34 2,27
HYPE3 HYPERA ON 21,72 21,47 21,91 22,18 21,94 2,05
CPLE6 COPEL PNB 12,75 12,71 13,02 13,11 13,05 1,95
TIMS3 TIM ON 23,19 23,19 23,61 23,76 23,64 1,90
GGBR4 GERDAU PN 17,61 17,61 17,99 18,16 18,00 1,87
ABEV3 AMBEV S/A ON 12,13 12,10 12,33 12,40 12,37 1,81
CEAB3 CEA MODAS ON 16,18 16,14 16,63 16,85 16,59 1,78
AURE3 AUREN ON 10,78 10,70 11,04 11,21 10,93 1,58
USIM5 USIMINAS PNA 4,74 4,72 4,82 4,89 4,86 1,46
FLRY3 FLEURY ON 15,25 15,24 15,46 15,58 15,58 1,43
VIVT3 TELEF BRASIL ON 32,30 32,30 33,02 33,28 33,00 1,41
AZZA3 AZZAS 2154 ON 24,36 23,75 24,38 24,83 24,83 1,39
RENT3 LOCALIZA ON 36,01 35,70 36,49 36,79 36,60 1,39
MBRF3 MARFRIG ON 15,25 15,10 15,50 15,69 15,67 1,36
BPAC11 BTGP BANCO UNT 45,54 45,12 45,99 46,44 46,38 1,33
RECV3 PETRORECSA ON 12,22 12,11 12,34 12,53 12,33 1,31
GOAU4 GERDAU MET PN 10,13 10,12 10,36 10,49 10,35 1,27
MOTV3 MOTIVA SA ON NM 14,19 14,12 14,40 14,57 14,43 1,26
EQTL3 EQUATORIAL ON 35,51 35,51 36,29 36,53 36,33 1,25
YDUQ3 YDUQS PART ON 11,71 11,65 11,95 12,05 11,97 1,18
TAEE11 TAESA UNIT 36,42 36,19 36,53 36,67 36,67 1,10
BBDC3 BRADESCO ON 14,82 14,69 14,98 15,11 15,05 1,01
PETR4 PETROBRAS PN 29,50 29,31 29,69 29,95 29,73 0,95
CMIG4 CEMIG PN 10,72 10,66 10,82 10,87 10,83 0,93
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 39,07 39,00 39,52 39,82 39,48 0,92
HAPV3 HAPVIDA ON 32,39 32,11 32,93 33,27 32,90 0,86
SMFT3 SMART FIT ON 24,75 24,56 24,80 25,06 25,02 0,85
POMO4 MARCOPOLO PN 8,35 8,35 8,46 8,50 8,49 0,83
DIRR3 DIRECIONAL ON 14,71 14,65 14,94 15,03 14,97 0,81
BEEF3 MINERVA ON 6,75 6,61 6,75 6,83 6,79 0,74
BBDC4 BRADESCO PN 17,43 17,27 17,65 17,75 17,68 0,68
SANB11 SANTANDER BR UNIT 27,84 27,68 28,14 28,28 28,20 0,68
CURY3 CURY S/A ON 30,80 30,80 31,27 31,49 31,41 0,67
VBBR3 VIBRA ON 23,15 22,98 23,46 23,69 23,49 0,64
MRVE3 MRV ON 6,37 6,33 6,41 6,46 6,45 0,62
ASAI3 ASSAI ON 8,30 8,26 8,44 8,56 8,42 0,60
MULT3 MULTIPLAN ON 26,92 26,82 27,07 27,26 27,26 0,59
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 23,01 22,83 23,10 23,24 23,24 0,56
ALOS3 ALLOS ON 23,70 23,58 23,96 24,10 24,07 0,54
PETR3 PETROBRAS ON 31,46 31,34 31,63 31,88 31,64 0,48
CSNA3 SID NACIONAL ON 8,24 8,13 8,29 8,38 8,34 0,48
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 31,80 31,68 31,89 32,00 31,96 0,47
RDOR3 REDE D OR ON 40,12 40,12 40,75 40,98 40,79 0,47
CXSE3 CAIXA SEGURI ON 14,73 14,64 14,77 14,83 14,77 0,41
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 37,15 37,01 37,46 37,62 37,49 0,35
VAMO3 VAMOS ON 2,90 2,87 2,94 2,99 2,95 0,34
ISAE4 ISA ENERGIA PN 24,05 23,96 24,19 24,28 24,23 0,33
RADL3 RAIA DROGASIL ON 19,35 19,19 19,51 19,65 19,58 0,26
ENEV3 ENEVA ON 16,56 16,54 16,74 16,89 16,70 0,18
ITSA4 ITAUSA PN 10,92 10,88 10,99 11,05 11,00 0,18
CVCB3 CVC BRASIL ON 1,68 1,64 1,67 1,69 1,67 0,00
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 15,74 15,63 15,72 15,78 15,73 0,00
UGPA3 ULTRAPAR ON 20,96 20,81 21,00 21,16 21,07 -0,05
BRAP4 BRADESPAR PN 17,20 17,14 17,22 17,29 17,23 -0,06
PSSA3 PORTO SEGURO ON 46,23 46,01 46,32 46,55 46,33 -0,06
SBSP3 SABESP ON 128,36 128,36 129,03 130,06 128,89 -0,09
EMBR3 EMBRAER ON 80,75 79,73 80,80 81,87 80,61 -0,11
CMIN3 CSN MINERACAO ON 5,55 5,53 5,59 5,64 5,58 -0,18
CYRE3 CYRELA REALT ON 28,57 28,15 28,50 28,77 28,77 -0,21
VALE3 VALE ON 59,90 59,80 60,07 60,30 60,13 -0,28
B3SA3 B3 ON 12,55 12,50 12,61 12,71 12,56 -0,32
SUZB3 SUZANO S.A. ON 48,05 47,50 47,70 48,06 47,63 -0,36
LREN3 LOJAS RENNER ON 14,15 14,10 14,30 14,43 14,24 -0,49
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 40,16 40,00 40,32 40,78 40,06 -0,50
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 46,48 45,90 46,29 46,63 46,25 -0,54
BRKM5 BRASKEM PNA 6,26 6,15 6,25 6,33 6,26 -0,63
PCAR3 P.ACUCAR – CBD ON 3,72 3,67 3,71 3,78 3,70 -0,80
NATU3 NATURA ON 8,20 8,14 8,25 8,39 8,16 -1,21
TOTS3 TOTVS ON 41,67 40,94 41,33 41,95 41,33 -1,71
KLBN11 KLABIN S/A UNT 17,70 17,30 17,44 17,75 17,30 -2,04

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— Foto: Unsplash

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