Bolsas da Ásia fecham em queda com negociações entre EUA e China; Japão é exceção
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As bolsas asiáticas encerraram o pregão desta terça-feira (10) majoritariamente em queda, diante de uma postura mais cautelosa dos investidores antes de novos sinais vindos de Londres, onde acontece uma novidade rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China. As ações japonesas foram a exceção e se valorizaram em um dia no qual os juros de longo prazo ficaram praticamente estáveis no Japão.
O índice CSI300, que reúne as principais ações da bolsa de Xangai e Shenzhen, caiu 0,51%, aos 3.865,46 pontos, enquanto o índice Xangai Constituído recuou 0,44%, aos 3.384,82 pontos, interrompendo uma sequência de cinco pregões de valorização. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,08%, aos 24.162,87 pontos, e as gigantes de tecnologia listadas na bolsa recuaram 0,8%.
As ações dos setores de semicondutores e resguardo lideraram as quedas, com perdas superiores a 2% cada no fechamento. Já as ações de empresas de terras raras — que estão no meio das negociações — prolongaram a subida: os papéis da China Rare Earth Holdings saltaram 13%, depois uma valorização de 60% na sessão anterior.
Na Bolsa de Tóquio, em um dia de segurança dos juros de longo prazo, o índice Nikkei fechou em subida de 0,32%, aos 38.211,51 pontos. Já na Bolsa de Seul, o índice Kospi teve subida de 0,56%, aos 2.871,85 pontos.
Autoridades das duas maiores economias do mundo tentam, pelo segundo dia, amenizar uma disputa amarga que passou das tarifas para restrições sobre terras raras — o que ameaço provocar um choque nas cadeias globais de suprimento e desacelerar o prolongamento econômico global.
“As negociações entre EUA e China estão definitivamente no foco dos mercados nesta semana, mas depois o primeiro dia de conversas vemos que os mercados estão relativamente estáveis”, disse Sean Teo, operador de vendas do Saxo Bank em Cingapura, à Reuters.
Segundo ele, os dois lados estão negociando questões estratégicas mais complexas, uma vez que terras raras, semicondutores e vistos para estudantes — temas que dificilmente serão resolvidos neste encontro, razão pela qual os mercados adotam uma postura mais cautelosa depois o otimismo inicial.
A reunião ocorre em um momento crítico, quando as exportações chinesas para os Estados Unidos despencaram 34,5% em maio na verificação com o mesmo mês do ano anterior, ao mesmo tempo em que as pressões deflacionárias internas se agravaram.
Levante teor foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.
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