Bolsas da Europa têm poderoso queda com guerra mercantil e tensão entre EUA e Ucrânia
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As bolsas da Europa encerraram o pregão de hoje com fortes perdas diante de um envolvente de aversão global a ativos de risco, provocada pelo temor por uma disputa tarifária protagonizada pelos Estados Unidos, além das tensões entre o governo do presidente Donald Trump e a Ucrânia, posteriormente os americanos suspenderem o suporte militar ao país do leste europeu.
Neste contexto, o índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em queda de 2,20%, a 550,73 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 1,27%, aos 8.759,00 pontos, enquanto o parisiense CAC 40 cedeu 1,85%, a 8.047,92 pontos.
Dentre os principais mercados acionários europeus, o que mais sofreu foi o de Frankfurt, tal qual índice DAX amargou queda de 3,54%, a 22.326,81 pontos. O movimento foi puxado por ações ligadas ao setor automotivo, que tendem a ser bastante afetadas pela política tarifária americana. Entre os destaques negativos, a Continental despencou 11,64%, a Daimler Truck Holding caiu 7,84% e os papéis da trabalhador de automóveis de luxo Porsche cederam 5,82%.
A taxa de importação de 25% que mira produtos de Canadá e México, adotada pelo governo de Donald Trump, tomou efeito nesta terça-feira. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, retaliou a decisão americana em igual medida e anunciou uma novidade tarifa de 25% caso os Estados Unidos não recuem nos próximos 21 dias.
Além das taxas aos países da América do Setentrião, a tarifa suplementar de 10% sobre produtos chineses também passou a valer hoje, que se soma aos outros 10% introduzidos em fevereiro. Em resposta, o governo chinês anunciou que irá taxar “produtos relevantes” dos Estados Unidos a partir de 10 de março.
Para o estrategista Jim Reid, do Deutsche Bank, a Europa deve se preparar para um “grande golpe” ao seu desenvolvimento já “anêmico” logo que os Estados Unidos também impuserem tarifas à União Europeia. “Grandes mudanças na ordem global que influenciarão os mercados e as economias nos próximos anos estão, sem incerteza, surgindo neste momento”, escreve Reid em relatório.
A preocupação com a guerra mercantil provocada por Trump se soma à retirada do suporte militar à Ucrânia, posteriormente o bate-boca entre o presidente americano e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, em reunião no Salão Oval da Moradia Branca na semana passada.
Para Paul Donovan, economista-chefe global do UBS Wealth Management, a postura americana em relação à guerra da Ucrânia é mais um fator de risco para a economia dos EUA. “Isso pode aumentar a hostilidade internacional contra a Rússia e os EUA, afetando a solução de sanções e as negociações comerciais”, diz.
Teor originalmente publicado pelo Valor PRO; serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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